Efeito X

Bluesky está buscando garantir representante legal no Brasil 

A Bluesky declarou, em nota, estar “em contato ativo com advogados tanto nos EUA quanto no Brasil"

Bluesky/ Foto: Divulgação
Bluesky/ Foto: Divulgação

A decisão de suspender o X no Brasil, devido à falta de um representante legal da empresa no país, levou a um crescimento extraordinário do número de usuários da concorrente Bluesky. A startup agora busca se adequar à legislação brasileira.

A Bluesky declarou, em nota, estar “em contato ativo com advogados tanto nos EUA quanto no Brasil, para garantir que mantenhamos conformidade com as regras”. As informações foram obtidas pelo “InfoMoney”.

A companhia não possui sede ou estrutura física; a operação da startup ainda é completamente remota no mundo.

Até o último sábado (31), um dia após a decisão de suspensão do X, um milhão de usuários brasileiros passaram a usar a plataforma. Atualmente, o número já ultrapassa 1,93 milhão e está próximo de chegar a 2 milhões.

“O número de usuários continua crescendo a cada minuto. O fluxo brasileiro também está estabelecendo recordes históricos de atividade na rede, como número de seguidores, curtidas, etc.”, disse a companhia.

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Crescimento de usuários brasileiros no Bluesky é recorde

Segundo a companhia, “o fluxo brasileiro também está estabelecendo novos recordes históricos de atividade na rede, como o número de seguidores, curtidas, etc. Temos mais de 8 milhões de pessoas no Bluesky no total”.

Os dados do último fim de semana levaram o Brasil ao topo da lista de usuários ativos na plataforma, que também possui participação relevante nos EUA e no Japão.

A empresa nasceu atrelada ao próprio Twitter, ainda em 2019, quando seu idealizador, Jack Dorsey, era o CEO do que veio a se transformar no X. O projeto idealizado por Dorsey era baseado no desenvolvimento de uma tecnologia capaz de descentralizar diálogos públicos através de um código aberto.

Dorsey convidou o atual CEO da Bluesky, Jay Graber, para ficar à frente do projeto, financiado por meio de receitas do Twitter. Mesmo tendo se tornado independente em 2021, a companhia seguiu prestando serviços para a rede social — que era o principal cliente de sua tecnologia — até 2022, quando Musk adquiriu o Twitter e cortou relações com a organização.