A Boeing registrou prejuízo líquido de US$37 milhões no primeiro trimestre de 2025, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (23). Apesar da baixa, o prejuízo foi menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2024, quando a companhia teve déficit de US$355 milhões.
Ajustado as ações, a fabricante de aviões norte-americana registrou déficit de US$0,49 por ação entre janeiro e março deste ano. Patamar menor do que os US$1,18 esperado por analistas da FactSet.
A companhia teve acréscimo de 18% em sua receita anual para os primeiros três meses do ano, chegando a US$19,5 bilhões. A cifra também veio acima das expectativas de analistas que planejavam um montante de US$19,38 bilhões
O FCL (fluxo de caixa livre ) operacional da empresa estava negativo em US$ 2,3 bilhões no fim de março, enquanto as encomendas acumuladas somavam US$ 545 bilhões.
Os resultados incluem apenas o impacto das tarifas globais até 31 de março, segundo a empresa. A expectativa é de que a companhia fale mais na teleconferência com analistas sobre os impactos das tarifas.
Boeing vende parte de setor digital por US$10,55 bilhões
A Boeing anunciou nesta terça-feira (22), que vendeu parte de sua divisão de atividade digital, a Aviation Solutions, para a empresa de investimentos Thomas Bravo. A operação foi no valor de US$ 10,55 bilhões e visa reforçar a estrutura de capital da fabricante, permitindo maior foco no negócio principal.
Esta transação é um componente importante de nossa estratégia para priorizar negócios essenciais, fortalecer o balanço e manter o ‘investment grade’”, afirmou Kelly Ortberg, presidente e CEO (presidente-executivo) da Boeing. Segundo a companhia, a venda não afetará serviços digitais essenciais para serviços de manutenção e diagnóstico de frotas.
3,900 funcionários serão afetados pela transação que tem previsão de conclusão até o final de 2025. O acordo ainda está sujeito a aprovações regulatórias. A Boeing afirmou que trabalha para garantir uma transição pacífica tanto para colaboradores quanto para clientes.
Chris Raymond, presidente da Boeing Global Services, reforçou que o compromisso com os clientes “permanece inabalável”. O negócio contou com assessoria do banco Citi e do escritório Kirklan & Ellis.