Insegurança no crédito

BTG reduz recomendação de compra das ações do BB (BBAS3)

Apesar de sinalizações do banco nacional de quê o pior já passou, analistas do BTG não esperam confiar nas projeções internas do banco público

bb

O BTG pactual reduziu a recomendação de compra da das ações do Banco do Brasil (BBSA3) de ‘compra’ para ‘neutra’ após baixo desempenho das ações no pregão de sexta-feira (16) devido aos resultados do BB no 1T25. A instituição não vê um bom ponto de entrada nos papeis da companhia em nota ao mercado nesta segunda-feira (19).

Apesar de sinalizações do banco nacional de quê o pior já passou, analistas do BTG não esperam confiar nas projeções internas do banco público. “As coisas ainda podem piorar antes de melhorar”, escreveram os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, do BTG.

Segundo eles, o balanço não apresenta a mesma robustez de anos anteriores e a correção de 13% nas ações pós resultado foi menor do que esperavam. O fato limita o potencial de valorização da empresa e dificulta sua recomendação a investidores.

Preocupações com o Agronegócio

O principal ponto de dúvida aos olhos do grupo de André Esteves é a carteira de crédito ligado ao agronegócio, que representa quase uma terço de todos os empréstimos do Banco do Brasil.

O relatório dos especialistas aponta que a inadimplência nesse setor continua subindo, e já supera as projeções que o próprio BB esperava. Segundo informações do portal Exame, há indícios de que parte dos produtores que obtiveram o crédito estariam postergando pagamentos.

Impacto da Resolução 4.966 do Banco Central

A expectativa dos credores era de um alívio nas medidas, com programas de renegociação. Para além a aplicação da nova resolução 4.966 do BC (Banco Central), que mudou regras de provisionamento, penalizou ainda mais o banco, justamente por conta da alta exposição ao agro.

BB (BBAS3) sente efeito do agro e das normas do BC e suspende metas

BB (BBAS3) anunciou a suspensão, para revisão, de suas projeções financeiras para 2025, incluindo lucro líquido ajustado, margem financeira bruta e custo do crédito.

A decisão, comunicada junto à divulgação dos resultados do primeiro trimestre, marca uma mudança de rota apenas três meses após o banco ter revelado seu guidance para o ano, estimando lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões.