Representantes do empresário Jackson Wijaya comunicaram ao Cade (Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que ele recebeu as ações da Asia Pulp & Paper (APP), doadas em vida pelo pai como herança, após um processo de planejamento sucessório familiar. Contudo, isso não muda a situação do bilionário na disputa com os irmãos Batista pelo controle da Eldorado Celulose.
Seus advogados afirmaram ao Cade que esse é um processo comum em famílias de empreendedores da Indonésia. Ou seja, até a morte de seu pai, Wijaya não ocupará qualquer cargo de liderança na APP.
Os advogados destacaram que o fato de Jackson passar a ter participação societária na APP não altera o cenário concorrencial no Brasil, já que a APP não atua no país e opera em uma frente de negócios totalmente diferente da Eldorado. Na Eldorado, a CA Investment, companhia que controla a Paper Excellence, possui 49% das ações e disputa o controle com os irmãos Batista, da J&F, proprietários de 51%.
Wijaya afirmou, de acordo com a Folha de S.Paulo, que a APP produz fibras longas de celulose, enquanto a Eldorado produz fibras curtas. Além disso, pontuou que os negócios são diferentes e não concorrentes, como alegaram os representantes da J&F ao Cade.
Oi (OIBR3): Cade aprova compra de unidade de banda larga pela V.tal
O Cade (Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a aquisição, pela companhia de telecomunicações V.tal, da totalidade das ações da UPI ClientCo, unidade de clientes de banda larga fixa da Oi (OIBR3).
A decisão do Cade se tornará final e definitiva no prazo de 15 dias corridos contados a partir de sua publicação no Diário Oficial da União, caso não haja avocação pelo Tribunal Administrativo do Cade.
A V.tal adquiriu a operação da ClientCo pelo valor de R$ 5,6 bilhões, depois de um processo competitivo conduzido pela Oi no contexto do processo de recuperação judicial.