A Casas Bahia (BHIA3) divulgará seu balanço do terceiro trimestre de 2024 no próximo dia 13 de novembro. Em um relatório recente, a Genial Investimentos revelou a expectativa de uma recuperação nas vendas em lojas físicas, com projeção de crescimento de 5,5% no critério de mesmas lojas.
No entanto, analistas ressaltam que essa recuperação depende de um aumento na concessão de crédito, o que envolve riscos financeiros, já que a empresa ainda não possui um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) operacional. Isso faz com que a companhia assuma integralmente o risco de crédito, financiando-se a uma taxa pré-fixada de 17,7% ao ano, superior à Selic.
Esse aumento na carteira de crédito impacta o balanço da Casas Bahia, devido ao crescimento da PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) e eleva as despesas financeiras, pressionando a margem líquida da companhia.
Apesar de a inadimplência estar controlada entre 8,5% e 9,0%, os especialistas enxergam risco de que uma piora econômica aumente a inadimplência, prejudicando a rentabilidade futura da empresa, segundo informações do “Suno”.
Casas Bahia (BHIA3): sede é alvo de busca e apreensão
A sede da rede de varejo Casas Bahia (BHIA3), em Pinheiros, zona sul de São Paulo, foi alvo de um mandato de busca e apreensão nesta quinta-feira (22), devido a um processo referente à disputa entre membros da família Klein em relação à herança do fundador da empresa.
As buscas na sede da Casas Bahia (BHIA3)foram autorizadas pela juíza Cintia Adas Abib, da 3ª Vara Cível do Foro de São Caetano do Sul, mediante solicitação de Saul Klein, herdeiros e um dos filhos de Samuel Klein.
O Grupo Casas Bahia confirmou as buscas e afirmou que “não é parte da ação em questão”, além de destacar que é “uma ‘corporação’, listada no Novo Mercado, com controle disperso na bolsa de valores”, conforme antecipado pelo “InfoMoney ”. “O grupo esclarece também que está colaborando com as autoridades em todos os aspectos relacionados à companhia.”