A estatal Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária) anunciou cortes para o ano de 2025, que se inicia com um rombo de R$200 milhões em suas contas, em documento apurando pelo portal AGFeed.
Logo após, destacou que iniciou um programa de renegociação da dívida com fornecedores, suspensão de serviços e até mesmo a proibição de utilização de aparelhos de ar-condicionado.
O orçamento da estatal foi reduzido nas últimas décadas em 80% segundo relatório da própria empresa. As dificuldades em pagas débitos afetam todos os setores da empresa e as queixas são observadas principalmente pelos gestores da empresa.
Com 51 anos de existência, a Embrapa tem 43 unidades de pesquisa descentralizadas e sete centrais, um total de 7534 funcionários e mais de 2 mil pesquisadores.
Resposta da instituição
Através da assessoria da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, foi informado que o orçamento de 2024 teve investimento de R$ 169,6 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para modernização dos laboratórios e campos experimentais e outros R$176,5 milhões para custeio de pesquisas, manutenção e despesas fixas.
A centralizadora de pesquisas também informou que teve um retorno de R$ 85 bilhões em seu relatório de lucro social anual.
Para justificar o desequilíbrio nas contas, a Embrapa afirmou haver bloqueios e cancelamentos devidos aos ajustes impostos ao pacote fiscal.
“Essas medidas afetaram a condição de pagamento e quitações até dezembro de 2024 de despesas diversas e contratos continuados em todas as suas unidades, além de ter impossibilitado o início de novos projetos”, relatou.
Contramedidas
A Embrapa informou que os ministérios responsáveis pela estatal e o congresso nacional foram oficializados desde julho de 2024 sobre a necessidade de suplementação orçamentária.
Outras medidas foram, a revisão de contratos em fase de finalização e a conclusão de 33 usinas fotovoltaicas em unidades e pesquisa para gerar energia elétrica própria.
Por fim, a empresa salientou que procura realizar compras coletivas e negociação com estados para isenção de alguns tributos, como já ocorre na esfera federal.