De acordo com a apuração do portal The AgriBiz, a Cosan (CSAN3) será diluída na capitalização da Raízen (RAIZ4), que deve contar com a entrada de um novo sócio. Informação foi publicada na noite de quinta-feira (14).
A preparação do aumento de capital da Raízen, sinalizada na quarta-feira (13), gerou dúvidas entre investidores sobre a participação do Grupo Cosan nesta transação.
O AgriBiz, inclusive, chamou a atenção para a queda dos papéis da CSAN3 na quinta, mais de 6% e uma das maiores baixas do Ibovespa. RAIZ4 também registrou queda no mesmo dia (12,5%). A reação negativa tende a ser dissipara com a confirmação da ausência da Cosan do aumento de capital, o que vai eximir a empresa de um desembolso bilionário.
O aumento de capital deve envolver um aporte da Shell, que compartilha o controle da Raízen com a Cosan.
Segundo as fontes ouvidas pelo portal The Agribiz, a Shell está bastante engajada nas negociações para o aumento de capital, em uma operação que também pode atrair um terceiro investidor.
Ainda não se sabe exatamente o tamanho da operação, mas a estimativa é de que, combinada às vendas de ativos da Raízen, ela seja suficiente para equacionar a estrutura de capital da companhia.
Raízen (RAIZ4): com dívida maior, empresa avalia venda de ativos
A moagem de cana-de-açúcar da Raízen (RAIZ4), maior processadora global da matéria-prima para açúcar e etanol, deve ficar mais próxima “do ponto médio para baixo” do guidance na safra 2025/26. Segundo a empresa, o desempenho será afetado por questões climáticas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (14) em teleconferência de resultados, por Phillipe Casale, executivo de Relações com Investidores da companhia.
Diante desse cenário, a Raízen avalia a venda de usinas para lidar com o salto no endividamento.
A companhia havia projetado moagem entre 72 milhões e 75 milhões de toneladas na temporada 2025/26, o que representaria queda frente ao volume de 2024/25 (78,2 milhões de toneladas), que já havia recuado em relação a 2023/24 (84,2 milhões de toneladas).