Redução da Petrobras

Diesel: preço cai em quase todos os estados em maio

A análise aponta que o litro do diesel custou, em média, R$ 6,380 no período

Combustível
Combustível / Foto: reprodução/Marcelo Camargo

O preço médio do diesel vendido nos postos de combustíveis recuou em quase todos os estados brasileiros ao longo de maio, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento e soluções de mobilidade. A queda acompanha o anúncio feito pela Petrobras (PETR4) no início do mês sobre a redução do valor do combustível vendido às distribuidoras.

A análise, baseada em transações realizadas entre os dias 1º e 26 de maio em mais de 25 mil postos no país, aponta que o litro do diesel custou, em média, R$ 6,380 no período. O valor representa um recuo de 2,28% em relação a abril, quando o preço médio era de R$ 6,529. Já a gasolina teve leve queda de 0,17%, passando de R$ 6,470 para R$ 6,459.

O etanol, por sua vez, registrou estabilidade, com alta de apenas R$ 0,001 (0,02%), fechando o mês com preço médio de R$ 4,502. Os números foram obtidos a partir dos pagamentos efetivos realizados nos postos, refletindo os valores reais pagos pelos motoristas, segundo a ValeCard.

Ainda de acordo com o levantamento, os dados acompanham a tendência de desaceleração nos preços dos combustíveis já evidenciada no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado pelo IBGE na última terça-feira (27). No indicador, o grupo Transportes apresentou queda de 0,29% em maio, com destaque para o recuo de 1,53% no óleo diesel.

Impacto da queda do petróleo nos preços dos combustíveis

Para Marcelo Braga, diretor de Mobilidade e Operações da ValeCard, os preços dos combustíveis podem seguir em retração caso o mercado internacional continue apontando para uma queda no preço do petróleo.

“O tarifaço imposto pelos Estados Unidos levou os mercados a preverem uma recessão e a desaceleração da economia global. A consequência pode ser a queda no consumo e a desvalorização do barril, o que tende a influenciar diretamente os preços dos combustíveis no Brasil”, explica Braga.