Contra Irmãos Batista

Doria se une a bilionário chinês na briga pela Eldorado

Doria utiliza sua influência para apresentar aos executivos da Paper Excellence figuras importantes no cenário político

Foro:  Rovena Rosa/Agência Brasil
Foro: Rovena Rosa/Agência Brasil

O bilionário indonésio Jackson Widjaja agora conta com o apoio de João Doria, ex-governador de São Paulo, na disputa contra os irmãos Joesley e Wesley Batista pelo controle da gigante de celulose Eldorado.

Doria já teria se encontrado pessoalmente com Widjaja e realizado esforços para intermediar uma conversa entre o empresário e Wesley na busca por um acordo.

A disputa entre a J&F, holding controlada pelos irmãos Batista, e a Paper Excellence, pertencente a Widjaja, ocorre desde 2017, quando o bilionário sino-indonésio adquiriu o controle da Eldorado por R$ 15 bilhões.

A transação acabou não sendo concretizada e escalou para uma batalha judicial que envolve as maiores bancas de advocacia do país e agora também os dois maiores fóruns de relacionamento empresarial, o Lide e a Esfera Brasil.

Doria quer usar seus contatos para impulsionar Paper Excellence

Doria, fundador do Lide — grupo de líderes empresariais —, utiliza sua influência para apresentar aos executivos da Paper Excellence figuras importantes no cenário político.

Houve uma conversa entre o CEO da Paper Excellence no Brasil, Claudio Cotrim, e um ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) na tentativa de reverter uma iniciativa dos irmãos Joesley e Wesley para que o tribunal se envolvesse no caso, segundo o “UOL”.

A aproximação entre Widjaja e Doria representa uma tentativa da Paper Excellence de ampliar sua rede de influência. Cotrim e outros representantes da empresa estiveram entre os empresários participantes da Conferência Lide Brasil, realizada nesta semana, em Londres.

Empresa de óleo e gás dos irmãos Batista investirá US$ 100 mi na Bolívia

A Fluxus, empresa de óleo e gás dos irmãos Batista, vai investir US$ 100 milhões na Bolívia até 2028 para ampliar a produção de gás natural em três campos recém-adquiridos no país – Tacobo, Tajibo e Yacuiba, da bacia Tarija-Chaca.

Com o investimento, a produção diária da Fluxus subirá de 100 mil metros cúbicos de gás para 1,1 milhão de metros cúbicos.

Fundada em 2023, a Fluxus anunciou no mês passado a aquisição da Pluspetrol Bolívia, que detém os três campos de gás, e está em fase final de transição operacional para operar também o campo Centenario, em Neuquén, na Argentina.