O mercado de aviação foi surpreendido na manhã desta quarta-feira (05) com o anúncio da Embraer (EMBR3), onde a empresa fechou uma encomenda de até US$7 bilhões com a Flexjet, no maior contrato da história da fabricante no ramo de aeronaves executivas, com informações do portal Exame.
Em resposta, as ações da companhia subiram quase 9% no pregão durante a manhã. O pedido anunciado hoje é de 182 aviões executivos com pacotes de serviços e manutenção, há ainda possibilidade de a Embraer produzir mais 30 unidades dos modelos Praetor 600, Praetor 500 e Phenom 300E.
O contrato triplica a lista de pedidos de jatos executivos encomendados a Embraer que já está em US$4,4 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um recorde para a companhia.
O movimento coroa um ano forte para as ações da Embraer, que já quase triplicaram de valor, em meio a fortes pedidos e momento de dificuldade de concorrentes, em especial a Boeing, que passa por uma forte crise após quedas e acidentes envolvendo seus principais modelos de aviação comercial.
Embraer (EMBR3) deve se beneficiar de ambiente global, diz BTG
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou um novo relatório sobre a Embraer (EMBR3), destacando expectativas positivas para a companhia após 2024, com bons resultados. O banco menciona os principais desafios a serem enfrentados neste ano, bem como as oportunidades que a empresa terá em 2025.
Na visão do BTG, a unidade de defesa da Embraer (EMBR3) deve continuar se beneficiando do crescimento global nos gastos militares, especialmente na Europa, onde a empresa está bem posicionada para captar novos pedidos.
O C-390 Millennium, carro-chefe da divisão de defesa, está no centro das atenções, com expectativa de consolidação no mercado internacional, segundo o relatório.
Em relação ao segmento de aviação comercial, os analistas apontam que a Embraer deve focar no aumento do volume de entregas, enfrentando os desafios da cadeia de suprimentos que limitaram a produção nos últimos anos, conforme destacou o Suno.
A meta de atingir a marca histórica de 100 aeronaves entregues por ano em 2025 será crucial para sustentar a confiança dos investidores, de acordo com o BTG.