Incerteza

Empresas brasileiras no México correm risco de sofrer taxação de Trump

Empresas brasileiras com fábricas no México, como Frasle Mobility, Gerdau e WG, estão sendo colocadas em xeque com as tarifas impostas

Fonte: Freepick
Fonte: Freepick

Empresas brasileiras que investem em fábricas no México, como Frasle Mobility (FRAS3), Gerdau(GGBR4) e WG (VOWG), estão sendo colocadas em xeque com as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Caso essas companhias produzam itens no México, elas estão sujeitas a sofrerem sanções dos EUA.

Como apurou o portal Veja, apesar do recente acordo firmado entre o republicano e a presidente mexicana Claudia Sheinbaum, especialistas afirmam que o cenário ainda é de grande imprevisibilidade para empreendimentos no exterior.

O professor Kai Lheman de Relações internacionais da USP, adere a vertente de perda nos dois lados; “É dificl afirmar algo nesse momento. O prejuízo é a incerteza gerada nessa guerra comercial”, afirma.

Taxação exterior

O movimento chamado de nearshoring, consiste na alocação de operações industriais de uma empresa em um país vizinho. Em 2024, a Frasle investiu R$2,1 bilhões de reais em uma fábrica de autopeças no México.

Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria) ainda no ano passado, o país registou uma transferência de US$900 milhões em capital brasileiro para regiões mexicanas.

O especialista conclui que ninguém saberá o que Trump fará de um dia para o outro, cenário ruim para qualquer empresa buscando traçar estratégias de investimento.

Trump nega ter fechado acordo final sobre tarifa com México

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (3) que ainda não foi fechado um acordo permanente sobre a questão das tarifas com o México. Mais cedo, o republicano confirmou uma pausa de 1 mês nas medidas protecionistas.

Trump reiterou, durante uma entrevista no Salão Oval da Casa Branca nesta segunda, que conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e disse gostar dela. “Temos boa relação”, afirmou, segundo o “Estadão”.

Além disso, o presidente dos EUA ressaltou a pretensão de se envolver nas negociações com os mexicanos, que serão lideradas pelos secretários de Tesouro, Scott Bessent; Comércio, Howard Lutnick; e Estado, Marco Rubio.

A principal demanda é que o país vizinho interrompa a entrada de fentanil e de imigrantes ilegais nos EUA, segundo ele.

Ainda sobre a América Latina, Trump informou que negocia um acordo com o Canal do Panamá que, segundo ele, foi de maneira “tola” dado aos panamenhos. “O Panamá viola o acordo”, acusou ele, que acrescentou que o canal não foi concedido à China.