R$ 1,77 milhão

EUA multam Avenue por propaganda enganosa a brasileiros

Segundo a Finra, influenciadores contratados pela corretora teriam promovido investimentos que garantem renda e são livres de taxas

EUA multam Avenue
Foto: Divulgação

A Finra (Autoridade Regulatória da Indústria Financeira), dos EUA, multou a Avenue Securities em US$ 300 mil (aproximadamente R$ 1,77 milhão) por propaganda enganosa a brasileiros. A corretora pagou e orientou influenciadores a divulgar conteúdos de forma enganosa, segundo o acordo de aceitação da Finra, divulgado pelo “Globo”.

Os pagamentos ocorreram entre janeiro de 2020 e março de 2023. De acordo com o documento, o conteúdo divulgado “não era justo e equilibrado ou continha alegações enganosas ou promissórias”, violando regras da autoridade regulatória.

Além disso, a Finra alega que a Avenue não designou um diretor para revisar e aprovar o conteúdo publicado pelos influencers e não registrou as publicações relacionadas à corretora. Outra falha teria sido a falta de um sistema para supervisionar a comunicação nas redes, o que descumpre regras do mercado.

Influencers pagos pela corretora dos EUA prometeram pagamentos todo mês e “livres de taxas”

Um dos casos citados é de um influenciador que incentivou seguidores a investirem em FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) alegando que “eles pagam, sim todo mês” e “sempre paga um dividendo”. Também houve postagens afirmando que certos investimentos garantiam renda, sem mencionar os riscos.

Outro ponto mencionado pela Finra foi o uso de hashtags como #FiqueRico e #Milionário, além do incentivo à compra de criptoativos sem alertar sobre a possibilidade de perdas. Alguns influenciadores, ainda, informaram enganosamente que a Avenue é “completamente livre de taxas“.

Além da multa, a Finra determinou uma sanção de censura e a apresentação de um certificado detalhando correções dos problemas listados, além da implementação de um sistema de supervisão, segundo a coluna de Lauro Jardim, no “Globo”.

O acordo de aceitação apresentado é chamado de AWC, usado pela Finra para investigar violações. O documento aponta conclusões sem que necessariamente a acusada negue ou confirme as alegações.

A Avenue informou à coluna de Lauro Jardim, no “Globo”, que o tema é antigo e está relacionado a discussões sobre a jurisdição do marketing, que a corretora optou por encerrar por meio do acordo do AWC.

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