Charlie Javice, fundadora de startup estudantil, Frank, foi condenada a 85 meses de prisão por fraudar o JPMorgan Chase & Co. O golpe ocorreu durante a aquisição da organização pelo banco no valor de US$ 175 milhões.
O juiz federal Alvin Hellerstein proferiu a sentença na segunda-feira (29), no tribunal federal de Manhattan. Os promotores haviam solicitado uma pena de 12 anos para Javice, de 33 anos, mas o juiz considerou testemunhos sobre seu bom caráter.
“Você é uma boa pessoa”, disse Hellerstein a Javice, de acordo com o InfoMoney. “Você fez algo errado, e eu tenho que puni-la.” Além do tempo de prisão, foi determinado que ela perdesse US$ 22,4 milhões.
Um júri de Nova York condenou Javice em março, concluindo que a ex-empreendedora mentiu e falsificou dados de usuários para enganar o maior banco do país. Ela fez a instituição acreditar que seu site possuía mais de 4,25 milhões de usuários, quando na verdade tinha menos de 300 mil.
Fundadora se diz ‘arrependida’, mas promotores pedem pena rigorosa
“Estou profundamente arrependida e peço perdão de todo o coração”, disse Javice, emocionada, antes da sentença. “Se estivesse ao meu alcance, nunca cometeria os mesmos erros novamente, nem por dinheiro, nem por reconhecimento, nem por nada.” Familiares presentes na primeira fila do tribunal também choraram enquanto ela falava.
Os promotores pediram uma pena rigorosa, chamando o crime de “fraude descarada” cometida para fazer o JPMorgan pagar muito mais pela empresa do que ela realmente valia no acordo de setembro de 2021. Já os advogados de Javice sugeriram uma pena “na casa dos 18 meses”, alegando que suas ações foram um “lapso isolado de julgamento” e que a perda não foi “consequente” para um banco do tamanho do JPMorgan.