
A desaceleração da demanda por veículos elétricos (EVs) começa a afetar grandes fabricantes. Nesta quarta-feira (29), a GM (General Motors) confirmou que cortará 1.700 postos de trabalho, citando fraqueza no mercado de EVs.
As vendas de veículos elétricos nos EUA atingiram um recorde em setembro, representando 12% de todas as vendas de carros novos, impulsionadas pelo crédito fiscal de US$ 7.500 para aquisição de EVs, que expirou após ser eliminado do projeto de lei orçamentária sancionado em 4 de julho pelo presidente Donald Trump.
Agora, montadoras se preparam para um período de vendas mais fracas. A GM, inclusive, registrou baixas contábeis de US$ 1,6 bilhão, refletindo expectativas reduzidas de demanda e lucratividade para sua linha de veículos elétricos.
Apesar dos desafios no segmento EV, as ações da GM permanecem estáveis. Até a manhã desta quarta, os papéis acumulavam alta de 31% no ano, impulsionados por um aumento de 15% após a divulgação de resultados do terceiro trimestre, que superaram as expectativas, em 21 de outubro.
No setor de veículos à combustão, os aumentos de custo provocados pelas tarifas de importação do governo Trump não foram tão severos quanto o mercado temia, e a demanda por carros novos se manteve acima das projeções iniciais para 2025.