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Grupo Flow se recupera em 3 anos e reverte prejuízo

Segundo o executivo, a derrocada da empresa não ocorreu por questões financeiras ou administrativas, mas devido ao crescimento de uma má reputação

Foto: Divulgação
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O fundador e CEO do Grupo Flow, Igor Coelho, afirmou que a organização perdeu 97% do seu faturamento “de uma hora para outra”. O que começou como um podcast se tornou um hub de produção de videocasts e conteúdos digitais no Brasil, com quase 30 milhões de seguidores nos canais digitais.

Segundo o executivo, a derrocada da empresa não ocorreu por questões financeiras ou administrativas, mas devido ao crescimento de uma má reputação. A queda foi desencadeada, especialmente, após um episódio em fevereiro de 2022, quando o tema liberdade de expressão foi levantado.

Na ocasião, o apresentador e sócio de Coelho, Bruno Aiub, conhecido como Monark, afirmou acreditar que deveria ser possível a criação de um partido nazista — formalmente conhecido como NSDAP (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães), legenda de extrema-direita que governou a Alemanha sob a liderança de Adolf Hitler entre 1933 e 1945. Sua ideologia, o nazismo, é marcada pelo racismo, nacionalismo, militarismo, antissemitismo violento e anticomunismo.

O comentário gerou repercussão nacional e colocou em xeque a continuidade do projeto. Segundo Igor, quando a polêmica ganhou proporções maiores, a percepção era de que a credibilidade de toda a empresa estava em risco. “Foi uma crise financeira que veio de uma crise ainda maior: de reputação”, disse ele em entrevista ao InfoMoney.

Repercussão e crise no Grupo Flow

Coelho reconheceu que o episódio foi um divisor de águas. De um lado, havia a necessidade de preservar a marca; de outro, o receio com o impacto emocional e pessoal da crise.

Durante a conversa, Igor chegou a dizer que, ao “baterem” em Monark, também estavam batendo nele e em toda a estrutura do Flow. A situação exigiu tomadas de decisão rápidas e estratégicas.

Reestruturação e novos horizontes

Em meio à turbulência, foi preciso reestruturar processos e rever a forma de gerir o negócio. Igor comprou a parte de Monark na sociedade e entendeu que o Flow não poderia mais se sustentar apenas na informalidade que havia marcado o início. A profissionalização se tornou inevitável: equipes foram reorganizadas, padrões de qualidade foram definidos e novos horizontes estratégicos começaram a ser traçados.