Mato Grosso

Grupo Raça Agro repactua dívidas de R$ 330 mi e evitou RJ

João Antônio Fagundes, do Grupo Raça/ Foto: Divulgação
João Antônio Fagundes, do Grupo Raça/ Foto: Divulgação

O GRA (Grupo Raça Agro), de Mato Grosso, que detém uma rede de produção e distribuição de insumos pecuários, fechou, por meio de mediação prevista na Lei de Falências, um acordo com 14 credores financeiros e cinco fornecedores para renegociar dívidas que somavam R$ 330 milhões.

A negociação durou quatro meses. O acordo permitiu que o grupo evitasse a necessidade de recorrer a um processo de recuperação judicial ou extrajudicial, uma saída que ganhou força no setor agro nos últimos dois anos.

O avanço no número de pedidos de recuperação judicial e extrajudicial no campo foi um dos motivos para a queda nos preços das commodities agrícolas nesse período. As cotações passaram a cair após atingirem seus picos históricos.

O grupo acredita que o processo de renegociação dos subsídios dará retorno para a retomada dos investimentos. A companhia pretende aproveitar a virada do ciclo pecuário, que ocorrerá a partir do segundo trimestre de 2025, para intensificar o desenvolvimento de novas fontes de receita, como a venda de insumos agrícolas e drones para sementes de pastagem e sementes.

A empresa pretende faturar, no total, R$ 2,2 bilhões no intervalo entre 2024 e 2027, quando a organização espera ter um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente na casa dos R$ 167 milhões.

Grupo Mateus (GMAT3): JPMorgan inicia cobertura com recomendação neutra

Recentemente autuado pela Receita Federal em uma ação no valor de R$ 1 bilhão, o Grupo Mateus (GMAT3) entrou para a cobertura do JPMorgan. A recomendação do banco para o papel é neutra, com preço-alvo de R$ 9.

O destaque dos analistas é o fato do Grupo Mateus ser o terceiro maior varejista de alimentos do Brasil e líder regional no Norte. Sua exposição no Nordeste está crescendo no momento, mas ambos os mercados tem menor intensidade competitiva do que os principais do Sudeste. O JPMorgan ainda vê um equilibrio na relação risco-recompensa da empresa.

“Apoiada por um balanço não alavancado e profundo conhecimento regional, o grupo vem abrindo novas rotas de distribuição e é uma das varejistas de mais rápido crescimento do país, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de área de vendas de 21% entre 2019 e 2024”, comentou a equipe do JPMorgan, segundo o “InfoMoney”.

O Grupo Mateus tem um potencial para mais 140 novas cidades para abrir lojas, além de mais 180 nova cidades de cash&carry, conforme avaliação do banco, olhando para cidades com mais de 100 mil habitantes nas regiões Norte e Nordeste.