A gigante asiática de tecnologia Huawei, está se preparando para testar seu mais novo microprocessador de inteligência artificial, batizado de Ascend 910D. O chip, segundo fontes ouvidas pelo mercado, é uma tentativa da companhia de substituir alguns produtos da sua concorrente norte-americana, a Nvidia, de acordo com informações veiculadas no domingo (27).
O progresso da empresa baseada em Shenzen visa uma maior eficiência que o processador mais poderoso da Nvidia, o H100. A companhia tem previsão de receber o primeiro lote de amostras da nova tecnologia no final de maio. As informações foram apuradas pelo jornal The Wall Street Journal.
A Huawei planeja fazer um embarque em massa dos chips a clientes chineses no mês que vem. A empresa chinesa e suas parceiras têm tentado há anos igualar a produção de chips de ponta para competir com os produtos da empresa americana.
A companhia é peça chave nos esforços da China para se defender de medidas protecionistas do presidente Donald Trump, com atenção especial ao controle de exportações para a região, preocupado com a perda da soberania tecnológica.
O chip H100 foi proibido de ser vendido na China em 2022 pelas autoridades americanas, antes mesmo de ser lançado.
A Nvidia teve uma valorização estelar nos últimos dois anos, beneficiando-se enormemente das vendas de chips de IA. Mas essa ascensão foi interrompida em 2025, quando investidores começaram a questionar quão robusta permaneceria a demanda por chips de IA, especialmente diante de modelos de IA com requisitos de computação menos intensivos.
CEO da Nvidia garante esforços para suprir demanda chinesa
O CEO (presidente executivo) da Nvidia, Jensen Huiang afirmou nesta quinta-feira (17), que a companhia fará todos os esforços para atender a demanda chinesa. A declaração foi feita durante a reunião com autoridades do Ministério do Comércio da China.
Huang se encontrou com Ren Hongbin, presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, e também teria falado com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e com o fundador da empresa de inteligência artificial Deep Seek.
“Vamos continuar colaborando com nossos parceiros chineses e explorando formas de cumprir com as regulamentações, sem comprometer o fornecimento de nossos produtos”, teria dito Huang, segundo a imprensa chinesa.
A Nvidia lidera o mercado global de chips para inteligência artificial e tem sido uma das empresas mais prejudicadas pelas medidas tarifárias do presidente Donald Trump.