Segmento de 'fintech'

iFood espera crescer com máquina própria de cartão

Os próximos saltos do iFood virão no segmento de “fintech”, com inovações que estão sendo testadas.

Foto: Divulgação
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O mercado foi surpreendido pela mudança na liderança do iFood, com Diego Barreto ocupando a presidência da empresa no lugar de Fabricio Bloisi, que agora irá assumir a frente da holding de tecnologia holandesa Prosus, detentora do aplicativo de entrega.

Mas, para Barreto, até o momento diretor financeiro e vice-presidente de estratégia do iFood, a transição não foi inesperada. “Lá atrás, o Fabricio me avisou que possivelmente eu seria seu sucessor e que iria trabalhar para sanar os meus eventuais ‘gaps’”, disse ele, de acordo com o “Valor”.

Barreto declarou que sabia que a nova posição viria acompanhada de desafios, como o de manter o forte ritmo de crescimento da empresa. Até o fim de 2023, as vendas por mês no aplicativo estavam em torno de R$ 5 bilhões.

Já em 2024, esse número disparou para R$ 6 bilhões. O dado corresponde a um faturamento anualizado de aproximadamente R$ 72 bilhões. “A receita para esse avanço foi inovar, sonhando grande”, afirmou.

Próximos saltos do iFood vêm com ‘maquininha’

Segundo Barreto, os próximos saltos do iFood virão no segmento de “fintech”, com inovações que estão sendo testadas. É o caso da maquininha de cartão que é capaz de identificar os dados dos clientes.

“Hoje, quando você vai a um restaurante, o dono do estabelecimento não sabe quem é que está passando aquele cartão”, explicou Barreto.

“Não queremos fazer as mesmas coisas que as outras operadoras [adquirentes], porque isso seria entrar em guerra de preços e não é o nosso foco. O intuito é mudar a relação entre o estabelecimento e o cliente”, acrescentou.

iFood promove nova rodada de demissões

O aplicativo de delivery iFood demitiu 25 pessoas na divisão fintech da startup, especificamente na unidade de negócios iFood Benefícios. Para o site Startups, a companhia confirmou os desligamentos, apesar de não dar maiores detalhes sobre as razões para a decisão ou o número de pessoas afastadas. 

“O iFood tomou a difícil decisão de descontinuar algumas posições internas dentro da unidade de Fintech, alinhado à estratégia de tornar suas frentes de negócios prioritárias mais eficientes em seus custos operacionais. A empresa está comprometida em garantir que esse momento seja conduzido com o máximo de cuidado e respeito a essas pessoas”, disse a companhia em nota.