Joesley Batista, coproprietário da gigante brasileira de processamento de carne JBS (JBSS32), está discretamente se posicionando como um articulador para tentar desarmar tensões políticas entre o governo de Donald Trump, nos EUA, e o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Segundo informações da agência Bloomberg, Batista viajou para Caracas na semana passada em uma tentativa de persuadir o presidente Nicolás Maduro a atender ao apelo de Trump para renunciar e permitir uma transição pacífica de poder.
O executivo encontrou Maduro em 23 de novembro, dias após o presidente Trump ter conversado por telefone com o líder venezuelano. A ideia era incentivá-lo a deixar a Venezuela, como apontaram fontes ouvidas pela Bloomberg.
Autoridades do governo dos EUA estavam cientes dos planos de Batista de visitar Caracas e reforçar a mensagem do presidente. Contudo, ele foi por iniciativa própria e não havia sido solicitado a ir em nome dos EUA, segundo pessoas próximas ao tema.
“Joesley Batista não é representante de nenhum governo”, limitou-se a responder a J&F SA, holding da família Batista, em comunicado, de acordo com O Globo.
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Relembre: Joesley Batista, da JBS, foi recebido por Trump antes da Assembleia da ONU
O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu, em uma audiência na Casa Branca, o empresário Joesley Batista, da JBS, no início deste mês, para tratar das tarifas ao setor de carnes.
As informações foram reveladas pela Folha de S.Paulo e confirmadas pela CNN com duas fontes do setor.
Além da questão envolvendo as carnes, o executivo foi ao encontro de Trump para conversar “em primeira pessoa” sobre celulose. Segundo as publicações, a holding J&F é proprietária da Eldorado.
O empresário também não participou da reunião como interlocutor do governo brasileiro, nem tratou do assunto previamente com autoridades do país.
