O diretor-geral da Klabin (KLBN11), Cristiano Teixeira, declarou nesta terça-feira (5), em teleconferência, que as incertezas em relação aos estoques de celulose na China devem gerar uma pequena contração no preço médio da celulose de fibra curta no quarto trimestre de 2024, em comparação com os três meses anteriores.
Para a celulose de fibra longa, segundo Teixeira, a empresa observa uma instabilidade nos preços, com previsão de variação de nível no quarto trimestre deste ano, mas expectativa de aumento a partir do primeiro trimestre de 2025.
Além disso, com os fechamentos de capacidade produtiva anunciados para 2025, principalmente nos EUA, a empresa prevê uma demanda incremental nesse segmento. “Estamos atentos e nos preparando em Santa Catarina para futuros investimentos, mas isso não altera nossa trajetória de desalavancagem no momento”, disse o executivo, conforme o “Valor”.
Teixeira destacou, ainda, que o mercado interno de cartões está em um momento positivo de preços. A divisão de Kraftliner está em recuperação, refletindo em melhores volumes de exportação.
“Quando o Brasil cresce por renda, o mercado de papel avançado avançou em média 1 ponto percentual acima do PIB”, disse Douglas Dalmasi, diretor de embalagens da Klabin, também em teleconferência.
Klabin (KLBN11): JPMorgan e Goldman se dividem sobre resultados: hora de comprar?
A avaliação dos especialistas sobre os resultados da Klabin (KLBN11) no terceiro trimestre se mostraram opostos, mesmo com a alta expressiva do papel na B3 na sessão desta segunda-feira (04).
Na visão da equipe do JPMorgan, a Klabin teve números acima do esperado no período, garantindo ajuda do desempenho das unidades de papel e embalagens, que reduziram o impacto dos maiores custos com manutenção em celulose.
O destaque do balanço, segundo os analistas, foi o Ebitda ajustado de R$ 1,8 bilhão, que superou em 7% as estimativas do JPMorgan. Resultado apoiado por melhores preços praticados pela empresa.
Além disso, a performance da unidade de celulose foi ruim, pois sentiu pressão das manutenções, segundo o banco, mas isso é não recorrente e os analistas projetam melhoria já nos três meses finais do ano.
Os papéis da Klabin tem recomendação de compra pelo JPMorgan, com preço-alvo em R$ 29.