Auditoria

Latam, Gol e Azul abrem investigação por esquema de fraude em passagens

A operação começou a ocorrer no fim de fevereiro quando a Desapegar passou a incorporar a tarifa em pacotes

Fonte: Freepick
Fonte: Freepick

As companhias aéreas Gol, Latam e Azul estão investigando a holding Desapegar, dona da marca Decolar no Brasil, por fraude em passagens aéreas. O delito teria sido cometido através da   “tarifa do operador”.

Segundo informações apuradas pelo jornal Valor Econômico, a operação começou a ocorrer no fim de fevereiro quando a Desapegar passou a incorporar a tarifa em pacotes das vendas de passagens. A prática é considerada irregular e o consumidor final pagava pelo preço cheio do bilhete.

A Desapega ficava com o desconto e o valor não era repassado para as áreas. A Latam foi uma das primeiras a apontar a irregularidade quando percebeu um volume pequeno: 51 reservas irregulares feitas pela plataforma Desapega.

A acusada atribuiu a ação a um ex-funcionário que estaria tentando extorquir a empresa. Entretanto, as empresas solicitam uma auditoria externa e ameaçam cancelar a tarifa, a depender das conclusões das investigações.

Presidente descontente

A Desapegar iniciou uma auditoria após investigação da Latam. No fim de 2024, a holding foi comprada pela controladora do iFood, Prosus, por US$1,7 bilhões.

Segundo pessoas próximas, a parceria, que foi fechada pela sede da Latam no Chile, não agrada o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier. Lá, o site da empresa é totalmente controlado pela companhia de turismo Decolar.

Em nota, a Despegar disse que o esquema não prejudicou seus clientes e ainda que mantém excelentes relações com as companhias aéreas e segue em contato permanente com elas.

Americanas (AMER3) abre processo de indenização por fraude de R$ 25 bi

Americanas iniciou, na última terça-feira (11), um processo arbitral contra quatro ex-diretores da empresa, acusados de envolvimento na fraude contábil que levou a varejista a solicitar recuperação judicial em 2023.

A companhia busca a condenação dos ex-executivos Miguel Gutierrez, Anna Saicali, Thimoteo Barros e Márcio Cruz, exigindo que eles reponham os danos materiais e imateriais causados pela fraude, que resultou em perdas superiores a R$ 25 bilhões.

Essa ação foi aprovada pelos acionistas da Americanas em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em dezembro de 2024. 

O procedimento arbitral será conduzido pela Câmara de Arbitragem do Mercado da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.