Nada de turbulência para a Latam. Em meio às recuperações judiciais de suas concorrentes brasileiras, Azul (AZUL4) e GOL (GOLL54), o forte desempenho do primeiro semestre deste ano levou a companhia a revisar sua projeção e expectativas futuras (guidance) para 2025 em diante e em todas as frentes (receita e EBITDA).
Na linha das receitas, a companhia elevou o piso do guidance, antes em US$ 13,8 bilhões para US$ 14 bilhões. O teto foi mantido em US$ 14,2 bilhões. Para a margem ebitda, as projeções subiram da faixa de 24,5% a 25,5% para o intervalo entre 26% e 27%. O fluxo de caixa livre também foi revisado para US$ 1,3 bilhão (ante US$ 1,2 bilhão).
Para o Itaú BBA e o BTG Pactual, o balanço do segundo trimestre de 2025, mais uma vez, surpreendeu positivamente, com receitas em linha com o consenso, mas com custos abaixo do esperado. Com isso, o EBITDA ficou 10% acima do previsto e um lucro líquido quase 20% superior ao consenso.
O grupo registrou um lucro líquido de US$ 242 milhões no segundo trimestre de 2025, avanço de 66% na comparação com o mesmo período de 2024 – e 52% acima das expectativas do BTG. Segundo a Latam, o resultado foi impulsionado por um aumento de 7,6% no volume de passageiros transportados, que atingiu 20,6 milhões no trimestre.
As receitas líquidas, por sua vez, totalizaram R$ 3,3 bilhões, um aumento de 8,2% em comparação com o mesmo trimestre de 2024. As receitas de passageiros elevaram-se para US$ 2,82 bilhões, um aumento de 8,5% ano a ano, enquanto o negócio de carga também decolou, com faturamento de US$ 419 milhões, 10,2% a mais que no segundo trimestre do ano passado.