Credores fornecedores

Lavoro obtém apoio para reestruturação extrajudicial

O processo cobre cerca de R$ 2,5 bilhões em dívidas comerciais

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(Foto: Mark Stebnicki/Pexels)

A Lavoro obteve apoio da maioria legal de seus credores fornecedores para seu plano de reestruturação extrajudicial, informou a companhia nesta terça-feira (9). O processo cobre cerca de R$ 2,5 bilhões em dívidas comerciais e prevê o pagamento ao longo do período de dois a cinco anos.

Apresentado em 18 de junho, o plano teve adesão formal de credores como Adama Brasil, UPL Brasil, FMC Agrícola, Basf, Ouro Fino e EuroChem, entre outros, disse a Reuters, via Investing.com.

Com isso, a distribuidora de insumos agrícolas alcançou o quórum exigido pela legislação: o apoio de credores que representem mais de 50% do valor total dos créditos elegíveis.

O acordo não impacta credores financeiro, funcionários, prestadores de serviços e outras partes relacionadas à Lavoro. A companhia ressaltou que o plano se limita à operação brasileira de varejo agrícola, incluindo a subsidiária Perterra.

Lavoro confirma recuperação extrajudicial

Lavoro, rede de revendas agrícolas, confirmou nessa quarta-feira (18) que está entrando em processo de recuperação extrajudicial. A empresa conseguiu firmar um acordo com fornecedores para reestruturar dívidas de insumos agrícolas.

De acordo com o AgroBiz, a renegociação envolve um passivo da ordem de R$ 2,5 bilhões. Os acordos foram protocolados na Justiça sob a forma de recuperação extrajudicial.

De acordo com o comunicado, empresas com Basf, FMC e UPL, que estão entre as principais credoras, já aderiram ao plano, que agora será avaliado pela Justiça de São Paulo. Ruy Cunha, CEO da Lavoro, disse ao AgFeed que a companhia já tem aprovação de um total entre 36% e 40% dos credores.

“A gente já optou por fazer o protocolo agora, porque o momento é importante para estabilizar a situação” disse Cunha. ” A gente tem convicção, com base nas conversas que estão cm andamento com os outros, que vamos chegar rapidamente aos 50%”.

O plano de recuperação apresentado ao Tribunal de Justiça de São Paulo prevê, além da extensão dos prazos de pagamento, um modelo de financiamento de inventário com vigência plurianual.