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Locadoras fecharão 2024 com crescimento de 5%, calcula Abla

Nos últimos três anos, as locadoras têm absorvido mais de 25% das vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil

Foto: Freepik
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As companhias de aluguel de carros que atuam no Brasil devem encerrar 2024 com a compra de aproximadamente 620 mil automóveis e comerciais leves. O montante representa um crescimento de 5% em relação às 590.870 unidades adquiridas por locadoras em 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis).

Entre janeiro e outubro deste ano, o total de compras de veículos 0 km realizadas por locadoras alcançou 502.535 unidades, o que equivale a 25,12% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos pelas montadoras no Brasil no período.

De acordo com a associação, considerando as estatísticas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que projeta vendas de 2,45 milhões de automóveis e comerciais leves novos em 2024, as 620 mil unidades absorvidas pelo setor de locação representarão 25,3% do total comercializado pela indústria no ano.

Nos últimos três anos, as locadoras têm absorvido mais de 25% das vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil.

Marco Aurélio Nazaré, presidente da Abla, destacou que as projeções reafirmam a relevância do setor no estímulo às vendas de veículos. “Mais pessoas, empresas e órgãos públicos estão chegando à conclusão de que é mais inteligente pagar só pelo uso dos veículos do que gastar tempo e dinheiro com a compra, manutenção e a gestão das frotas próprias”, afirmou ele, de acordo com publicação do Valor Econômico.

Locadoras de carros perderam R$ 1,2 bi com depreciação 

A queda no preço dos carros seminovos, aliada às taxas de juros ainda altas e à restrição de crédito para os consumidores, provavelmente continuará a exercer pressão sobre os resultados financeiros das locadoras nos próximos trimestres de 2024.

A avaliação é do analista responsável por logística e locadoras de carros no banco Citi, Filipe Nielsen, em entrevista ao Valor Econômico. 

“Ainda tem decepção para vir em termos de depreciação ou margem de seminovos. Esse ano seria de virada e talvez vejamos uma melhora de ciclo de 2025 em diante”, disse.