A Axia Energia (AXIA3), antiga Eletrobras, apurou lucro líquido IRFS ajustado de R$ 2,18 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 68% em comparação com o mesmo período no ano passado. Desempenho foi impactado, principalmente, pela ausência do efeito positivo da revisão tarifária periódica de 2023. Informações via Money Times.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) IFRS ajustado somou R$ 5,89 bilhões, o que representa um recuo de 50,8% ano-a-ano. Segundo a empresa, o resultado reflete o reconhecimento de R$ 303 milhões em remensuração regulatória no trimestre, contra R$ 6,13 bilhões no 3T24, quando o impacto da revisão tarifária elevou significativamente os ganhos.
Desempenho Financeiro Detalhado
O PMSO IFRS ajustado – que mensura as despesas com pessoal, materiais, serviços e outros – foi de R$ 1,51 bilhão no período entre julho e setembro, queda de 10,8% frente ao ano anterior, influenciado por ganhos de eficiência.
O valor, por outro lado, foi impactado por despesas pontuais, como R$ 82 milhões em PDVs (Programas de Demissão Voluntária), R$ 18 milhões com plano de saúde substituído por uma operadora do mercado e R$ 15 milhões em consultorias jurídicas destinadas à redução de contingências.
O resultado financeiro ajustado ficou negativo em R$ 2,39 bilhões enquanto a despesa do IR (Imposto de Renda) e contribuição social despencou, passando de R$ 1,94 bilhão para R$ 173 milhões, refletindo menor reconhecimento de imposto diferido.
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A empresa também aprovou o pagamento de R$ 4,3 bilhões em dividendos intermediários, utilizando parte do saldo da reserva estatutária prevista no Artigo 56,II, de seu estatuto social, confirme posição de 30 de setembro deste ano.
Relembre: Eletrobras vira Axia Energia: mudança pode mexer com mercado
Três anos após a privatização, a Eletrobras anunciou, na véspera desta quinta-feira (23), a mudança de seu nome para Axia Energia, o que consequentemente também levou à substituição de seu ticker ELET3 para AXIA3. Na avaliação de especialistas, a mudança marca um reposicionamento da empresa três anos após a privatização, o que também deve gerar, nesse primeiro momento, um volume de compra maior quando a alteração for efetivada.
A alteração nas negociações na B3 (B3SA3) está prevista para o dia 10 de novembro deste ano.
“A migração de código para ‘AXIA3’ (com as ações preferenciais equivalentes ‘AXIA5/AXIA6’ e ADRs na NYSE) a partir de 10/11/2025 gera um ‘evento de mercado’ que pode impulsionar volume de negociação e liquidez em torno da data da mudança”, comentou Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital.
