
A MBRF (MBRF3) apurou lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre de 2025, montante 62% abaixo do que o registrado no mesmo período em 2024. O recuo foi percebido principalmente nos ativos herdados da BRF. Informações via Investimentos e Notícias e Money Times.
No primeiro balanço após a fusão entre Marfrig e BRF, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) ajustado recuou 8,6%, a R$ 3,503 bilhões. A receita líquida da MBRF foi de R$41,8 bilhões, aumento de 9,2%.
O volume vendido pela companhia, contando com as operações nos EUA e na América do Sul, totalizou 2,1 milhão de toneladas entre julho e setembro, aumento de 3,7% na comparação anual, com o mercado interno responsável por 1,37 milhão (+4,9%) e o externo por 732 mil toneladas (+1,7%).
Operações América do Norte e América do Sul
Nas operações Beef América do Norte, os resultado do terceiro trimestre foram impulsionados pela racionalização da produção e pela crescente demanda pela proteína bovina. A receita líquida foi de US$ 3,6 bilhões, com crescimento de 12% em relação ao mesmo período em 2024, refletindo o aumento do preço médio de venda.
Já na Beef América do Sul, a otimização dos complexos industriais impactou para o aumento expressivo do volume vendido no trimestre, 17,6% a mais do que no mesmo período em 2024. A receita líquida avançou 18,4% na mesma base comparativa, chegando a R$ 5,7 bilhões, e o Ebitda de R$ 628 milhões, aumento de 31,88% em relação ao terceiro trimestre do ano.
“Na BRF, seguimos avançando em nossa estratégia de valor agregado e registramos o maior volume histórico de vendas de processados, impulsionado pela consistência da execução comercial e melhoria contínua no nível de serviço logístico. A base de clientes atendidos cresceu 5% anualmente, atingindo 340 mil no período”, disse o CEO Miguel Gularte.
Impacto dos Ativos da BRF
A antiga BRF reunia ativos que processam frango e suínos, entre outros alimentos, operação que ainda sofreu impactos relacionados ao foco de gripe aviária registrado no sul do Brasil, em maio, e levou diversos países a embargarem os produtos brasileiros. O maior mercar, a China, reabriu as exportações apenas em novembro
De acordo com a Reuters, via Investimentos e Notícias, apesar das restrições pela gripe aviária, no primeiro balanço após a criação da MBRF, a companhia atingiu seu maior volume histórico, “fortemente impulsionado pela excelência operacional e execução comercial”, afirmou a empresa.