Reduzir preço

Lula defende venda direta de combustíveis pela Petrobras (PETR4)

Segundo o presidente, há uma distorção entre o preço de saída da Petrobras e o valor pago pelo consumidor

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu, nesta segunda-feira (17), que a Petrobras (PETR4) venda gasolina, diesel e gás diretamente a grandes consumidores para reduzir os preços ao consumidor final. Atualmente, a comercialização desses combustíveis passa por distribuidoras, que os revendem aos postos antes de chegar ao cliente.

“A Petrobras tem que tomar uma atitude. Precisamos vender diesel diretamente para os grandes consumidores, se puderem comprar direto, para baratear o preço. Se pudermos vender gasolina e gás direto também… O povo, no fundo, é assaltado pelo intermediário, e a fama fica com o governo”, disse Lula durante um evento da estatal no Terminal da Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ), como apurou a Exame.

Segundo o presidente, há uma distorção entre o preço de saída da Petrobras e o valor pago pelo consumidor. “A gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 e chega na bomba a mais de R$ 6,49, ou seja, é vendida pelo dobro”, afirmou.

A mesma observação foi feita sobre o diesel e o gás de cozinha, mencionando que um botijão de 13 kg custa R$ 35 na refinaria, mas pode chegar a R$ 140 para o consumidor.

Lula também voltou a criticar a privatização da BR Distribuidora, atualmente chamada de Vibra, destacando que a estatal perdeu o controle sobre a logística de distribuição.

Lula: popularidade cai para menor nível dentre todos os seus mandatos

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu seu pior nível em todos os seus mandatos. Dados da pesquisa Datafolha, divulgados na sexta-feira (14), mostraram que a aprovação do governo caiu de 35% para 24% em apenas dois meses, enquanto a reprovação cresceu de 34% para 41%.

Outros institutos também registraram queda na popularidade do petista. A pesquisa da Genial Quaest apontou uma contração na avaliação “ótimo/bom” do governo, de 33% em dezembro para 31% no final de janeiro. O levantamento da AtlasIntel, por sua vez, mostrou uma retração da aprovação do presidente, de 43% em novembro para 38% em janeiro.

A queda da aprovação está sendo atribuída, por especialistas, à inflação dos alimentos. A consultoria Eurasia Group avaliou que o aumento dos preços é o “calcanhar de Aquiles” do governo. “Segundo o Datafolha, a aprovação de Lula caiu acentuadamente entre aqueles que ganham menos de dois salários mínimos. Entre esse grupo, sua avaliação de ‘ótimo/bom’ passou de 49% para 29%”, destacou a consultoria, como apurou o Bahia Notícias, site parceiro do BP Money.