Concorrente ao iFood

Meituan, empresa de delivery chinesa, chega ao Brasil

Nos últimos meses, executivos da Meituan visitaram empresários do Brasil e discutido sobre implantações no mercado local

Fonte: Divulgação/Meituan
Fonte: Divulgação/Meituan

A gigante chinesa de delivery Meituan se prepara para atuar no Brasil. A companhia tem potencial para ser o maior competidor do iFood no país. A movimentação ocorre poucos meses após a Prosus, controladora do iFood, adquirir a holandesa Just Eat por US$ 4,51 bilhões, formando o quarto maior grupo de delivery global.

Nos últimos meses, executivos da Meituan visitaram empresários do Brasil e discutido sobre implantações no mercado local. Desde 2020 a marca chinesa tem marga registrada em território nacional e já negocia com operadoras logísticas e empresas de tributação.

Como apurou o portal NeoFeed, estima-se que a Prosus, que é a controladora do iFood, tenha 4% de participação na Meituan. Isso significa que, se a plataforma chinesa chegar ao Brasil, o iFood terá uma pequena e indireta participação na empresa concorrente.

Apesar do fato inusitado, a Meituan chega com grande alcance no Brasil, a empresa teve uma receita de cerca de US$ 46 bilhões e realizou quase 30 bilhões de entregas. Seu valor de mercado supera os US$ 130 bilhões, e ela atende mais de 200 milhões de usuários, principalmente na Ásia.

Meituan é resultado de tentativas

A companhia foi fundada em 2010 por Wang Xing, um empreendedor que fez diversas tentativas de copiar empresas ocidentais antes de criar a gigante chinesa. O executivo emplacou o Xiaonei, versão chinesa do Facebook e Fanfou, paralelo oriental do Facebook. Nenhum dos empreendimentos vingou.

O GruopOn foi o modelo que trouxe o empreendedor ao modelo de compras coletivas, daí surgiu a Meituan. O negócio deu certo e prosperou em 2015 se fundindo com a Dianping, quando expandiu seus serviços para a entrega de alimentos.

Em 2018, a empresa abriu seu capital na bolsa de HongKong e levantou US$4,2 bilhões. Hoje, a empresa conta com mais de 200 milhões de usuários na china e em outros países da Ásia.