A Microsoft teve um lucro líquido de US$ 24,1 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2025, o que representa uma alta de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação da companhia subiu de US$ 2,93 para US$ 3,23 no último ano. Enquanto isso, o lucro operacional cresceu 17%, atingindo US$ 31,7 bilhões.
Já a receita da Microsoft foi de US$ 69,6 bilhões, o que representa um avanço de 12%.
Os resultados da empresa superaram as previsões do mercado. Analistas consultados pela FactSet esperavam que a companhia alcançasse um lucro por ação de US$ 3,11, com receita de US$ 68,9 bilhões.
Dividindo-se em setores, a integração em nuvem rendeu uma receita de US$ 25,5 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 19%. Por sua vez, no setor de produtividade e processos corporativos, a receita foi de US$ 29,4 bilhões, alta de 14%. Por fim, a computação pessoal faturou US$ 14,7 bilhões, permanecendo estável.
“Nós estamos inovando em toda a nossa pilha tecnológica e ajudando os clientes a desbloquear o retorno sobre o investimento completo da IA para capturar a enorme oportunidade à frente”, afirmou o CEO da Microsoft, Satya Nadella, em nota.
“Nosso negócio de IA superou uma taxa anual de receita de US$ 13 bilhões, um aumento de 175% em relação ao ano anterior”, completou.
“Continuamos comprometidos em equilibrar disciplina operacional com investimentos contínuos em nossa infraestrutura de nuvem e IA”, comentou a vice-presidente executiva e diretora financeira da empresa, Amy Hood.
DeepSeek usou modelo da OpenAI para treinar IA, diz americana
A OpenAI, dona do ChatGPT, afirma ter provas de que a startup chinesa de IA (inteligência artificial) DeepSeek utilizou modelos da companhia norte-americana para treinar sua própria IA, como divulgou o “Financial Times” nesta quarta-feira (29). As alegações aumentam a preocupação em relação a violações de propriedade intelectual.
De acordo com a empresa dos EUA, foram encontradas evidências de “destilação” que podem ser da DeepSeek. A prática é usada para obter um melhor desempenho de modelos menores usando modelos mais capazes, conseguindo resultados parecidos com um custo menor.
Esta prática é usual no setor, mas os termos de serviço da OpenAI proíbem sua utilização para a construção de um modelo concorrente. A empresa não quis dar mais detalhes sobre as evidências, segundo o “Financial Times”.
O desempenho do modelo de raciocínio R1 da DeepSeek foi uma surpresa para os mercados financeiros, já que foram criados com um orçamento menor e obtiveram alta qualificação e resultados parecidos com as concorrentes dos EUA.
No ano passado, a OpenAI e a Microsoft, parceira da empresa, investigaram contas que suspeitavam ser da DeepSeek e que utilizaram sua interface de programação de aplicativos em possível destilação contrária a seus termos de serviço, como informou a “Bloomberg”.