O Morgan Stanley encerrou o 1º trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 4,32 bilhões segundo balanço da companhia divulgado nesta sexta-feira (11). O valor representa alta de 26,5% ante ganho de US$3,41 bilhões em 2024 no mesmo período.
O lucro diluído por ação da empresa resultou em US$2,60, também surpreendendo analistas que faziam uma estimativa de US$2,23. A receita anual viu crescimento de 17% no primeiro trimestre deste ano com o resultado de US$17,74 bilhões.
Os bons números fizeram os papeis da companhia subir 1,3% nos negócios futuros da bolsa de Nova York às 8h38 (horário de Brasília).
Brasil pode se beneficiar de tarifas comerciais nos EUA, diz Morgan Stanley
O Brasil poderia se beneficiar das tarifas comerciais nos EUA por meio do aumento das exportações para a China, mas os impactos negativos viriam com uma elevação da inflação, como apontou o Morgan Stanley em relatório aos clientes e ao mercado sobre o tema.
O banco acredita que haverá um impacto limitado no crescimento da atividade econômica, mesmo com o potencial avanço das exportações. Os analistas da instituição destacam que, quando tarifas foram adotadas nos EUA em 2017, a China redirecionou suas importações do país norte-americano para o Brasil.
Isso, segundo especialistas, teria resultado em um acréscimo das vendas externas do Brasil para a China, passando de 19,6% do total das exportações em 2016 para 28% em 2018.
“Notavelmente, as exportações de soja do Brasil para a China (um dos principais itens exportados) aumentaram 12,8 bilhões de dólares entre 2016 e 2018, enquanto as exportações de soja dos EUA para a China caíram 11,1 bilhões de dólares no mesmo período”, disse o Morgan Stanley, que enxerga espaço adicional para a elevação das exportações de soja brasileiras. As informações foram divulgadas pelo “Investing”.
Como o Brasil e a América Latina podem reagir às retaliações de Trump
A partir de sábado (1º), produtos do México, Canadá e China estarão sujeitos a novas tarifas impostas pelos EUA, conforme anúncio do presidente Donald Trump.
As tarifas para o México e o Canadá serão de 25%, enquanto as importações da China terão uma taxa de 10%.