Muito caros

Morgan Stanley: mercado automotivo só é lucrativo para alguns players

As montadoras chinesas têm produzido quase nove milhões de unidades a mais do que vendem localmente

Foto: Freepik
Foto: Freepik

A equipe de equity research do Morgan Stanley apontou que os carros da General Motors (GMCO34) e da Ford (FDMO34) são caros demais para os consumidores norte-americanos e que a disputa de preços na China prejudicará os resultados dessas companhias. As afirmações estão no relatório da instituição, divulgado nesta semana.

Segundo os analistas do Morgan Stanley, as montadoras chinesas têm produzido quase nove milhões de unidades a mais do que vendem localmente, o que acaba sendo direcionado para outros países, como os EUA. Esse movimento pressiona os preços e torna o mercado não lucrativo para todos, exceto para alguns players.

Mesmo com o início da queda das taxas de juros, o pagamento mensal médio dos veículos nos EUA supera US$ 700 por mês, afastando muitos consumidores das concessionárias.

Em meio aos ganhos de participação de mercado das montadoras japonesas e coreanas, a instituição vê pouca vantagem para as duas tradicionais empresas de Detroit.

“A estrutura do setor não mudou. O estoque está nos níveis pré-Covid. As montadoras japonesas, coreanas e de veículos elétricos estão ganhando participação. Os outros estão sendo pressionados. Os EUA têm todo o ônus da queda dos preços, da queda do mix, do aumento dos custos e da menor participação”, disseram os analistas, de acordo com a Bloomberg.

BB (BBAS3): Morgan Stanley reforça visão positiva

O Dia do Investidor do Banco do Brasil (BBAS3) apresentou alguns pontos que se destacaram. Segundo o Morgan Stanley, muito do que foi apresentado reforçou a visão otimista sobre o BB, mas alguns detalhes merecem destaque adicional.

O banco norte-americano tem recomendação overweight (equivalente à compra) para as ações do BB (BBAS3), com preço-alvo de R$ 45,00, ou seja, um potencial de valorização de 64% em relação aos patamares negociados atualmente.

Durante o Dia do Investidor, o BB trouxe as diretrizes para 2024, considerando o cenário macroeconômico. O crescimento de crédito esperado é de 8 a 12%, com receitas de tarifas entre 4 e 8%, e o lucro líquido estimado entre R$ 37 e 40 bilhões. A estimativa do Morgan Stanley é financeira, em R$ 38,3 bilhões.