
A Movida (MOVIE3) apurou lucro líquido de R$ 70 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 11% em comparação com os mesmos três meses no ano passado. A locadora também divulgou guidance, com projeção de R$ 75 a R$ 90 milhões, quando a projeção do mercado estimava cerca de R$ 53 milhões. Informações via Infomoney.
A companhia ligada ao grupo Simpar (SIMPH3) divulgou nesta segunda-feira (10) ROIC (retorno sobre capital investido) de 14,4%, o maior patamar dos últimos 3 anos,c com alta de 2 p.p. (pontos percentuais) frente ao terceiro trimestre de 2024. O avanço foi 4,1% superior ao custo médio de dívida da empresa.
“Conseguimos evidenciar nos números as melhorias operacionais que temos feito”, afirmou Gustavo Moscatelli, CEO da companhia, em entrevista ao InfoMoney. O executivo destacou que os bons dados tanto presentes no terceiro trimestre quanto já observados em outubro, assim como as expectativas e reservas feitas pra novembro e dezembro, permitem a mudança de guidance.
Os dados se apresentam como sustentáveis, segundo o executivo. “Nosso foco é extrair o melhor preço do melhor carro no melhor momento”, diz.
Resultados Financeiros e Operacionais da Movida
Segundo a reportagem o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) também foi recordista e atingiu os R$ 1,478, alta de 18,4% na mesma base comparativa. No seguimento de locação (Rent-A-Car ou RAC, em inglês), o indicador ficou em R$ 601 milhões.
A Movida continuou com a estratégia de priorizar a alocação de capital do RAC no “aluguel eventual”, realizado por diárias. Com isso, a companhia teve aumento de tarifa, com aumento também de diária, em 19%.
O ticket médio da modalidade ficou em R$ 159, o que representa alta de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida avançou 14,3%, em R$ 6001 milhões. A margem Ebitda chegou a patamar recorde, em 72,6%, com avanço de 2,4 p.p. frente ao mesmo período de 2024.
Destaques por Área de Negócio
Na frente GTF (Gestão e Terceirização de Frotas), o negócio encerrou o trimestre com 144 mil carros na frota total. O backlog de receita futura está em R$ 7,1 bilhões, que vão compor os resultados no trimestre seguinte.
Nos Seminovos, a Movida apresentou venda de 24,5 mil carros no terceiro trimestre, com geração de R$ 1,8 bilhão de receita.
A redução da alavancagem está entre os destaques do balanço: a métrica recuou de 2,7 vezes o Ebitda sobre a dívida líquida, das 3,1 vezes presentes no primeiro trimestre. De acordo com Gustavo Moscatelli, a redução veio da melhor rentabilidade. O caixa encerra o trimestre em R$ 3,3 bilhões.