O homem mais rico do mundo, Elon Musk, pode aumentar a sua fortuna e se tornar o primeiro trilionário do mundo nesta quinta-feira (6) após votação dos acionistas da fabricante de carros elétricos Tesla.
Elon Musk, presidente-executivo da companhia, pode receber US$ 878 bilhões via compensação acionária e será a maior remuneração já concedida a um executivo na história, se os investidores e acionistas aprovarem a proposta.
A aprovação do pagamento marcará um voto de confiança na liderança de Musk e em sua visão de transformar a montadora em uma empresa de inteligência artificial e robótica.
Pacote bilionário de remuneração
O pacote de remuneração proposto para Musk exige que a Tesla atinja uma série de marcos operacionais e lucrativos, como a venda de 20 milhões de veículos nos próximos 10 anos e a operação de 1 milhão de carros autônomos.
Além disso, as ações da Tesla devem se valorizar para novos patamares e a empresa – que hoje possui um valor de mercado de mais de US$ 1,5 trilhão – terá que alcançar níveis que partem dos US$ 2 trilhões e chegam até os US$ 8,5 trilhões.
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A aprovação é amplamente esperada, já que Musk detém cerca de 15% da Tesla e tem o direito de participar das discussões da Assembleia. Os defensores do executivo dizem que as metas de Musk são altamente ambiciosas e que os investidores só têm a ganhar se a empresa atingir os marcos que vão alavancar, exponencialmente, o salário do bilionário.
Porém, o fundo soberano da Noruega e outros consultores de procuração, considerados importantes, se opõem à proposta e a acusam de excessiva. A diretoria da companhia havia dito em setembro que Musk “levantou a possibilidade de buscar outros interesses” caso o pacote seja rejeitado.
Tesla precisa encontrar seu caminho
Para a Tesla atingir a valorização de mercado proposta, precisaria de um aumento de 466% em relação ao preço total de suas ações. Isso também representaria um crescimento de 70% em relação à empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia, valendo cerca de US$ 5 trilhões.
A fabricante, porém, tem registrado um desempenho financeiro altamente instável neste ano, com uma queda nas vendas e nos lucros do primeiro semestre, impulsionada pela queda da presença da companhia americana na China.
Além disso, a Tesla acabou perdendo um apoio imprescindível neste ano, o governo americano, na qual Musk chegou a fazer parte no início mas “rachou” com o atual presidente, Donald Trump.
