Netflix lucra US$ 1,68 bi no 3T23 / Divulgação
Netflix lucra US$ 1,68 bi no 3T23 / Divulgação

A Netflix (NFLX34) comunicou ao mercado que seu conselho de administração aprovou um desdobramento de ações na proporção de dez para uma, conforme documento protocolado na SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM nos Estados Unidos).

O desdobramento será efetivado após o arquivamento de uma emenda ao estatuto social consolidado da companhia junto à Secretaria de Estado de Delaware, o que também resultará em aumento proporcional do número de ações ordinárias autorizadas da empresa.

Com a operação, cada acionista registrado até o fechamento do pregão em 10 de novembro de 2025 receberá nove novas ações para cada uma detida. Segundo o InfoMoney, o desdobramento será efetivado após o fechamento do pregão em 14 de novembro, e a negociação das ações ajustadas terá início em 17 de novembro de 2025.

O anúncio refletiu positivamente no mercado. Por volta das 18h38 (horário de Brasília), as ações da Netflix subiam 3,03%, cotadas a US$ 1.222,95, nas negociações pós-fechamento da Bolsa de Nova York (NYSE).

Netflix e o custo de fazer negócio no Brasil: disputa tributária ofusca balanço

A Netflix divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2025 com números sólidos, mas um alerta importante: uma disputa tributária no Brasil afetou diretamente sua rentabilidade, um reflexo, segundo o Itaú BBA, do “custo de fazer negócios no país”.

A gigante do streaming registrou receita de US$ 11,5 bilhões, alta de 17% sobre o mesmo período do ano anterior e em linha com as expectativas.

No entanto, uma despesa extraordinária de US$ 620 milhões com a CIDE, imposto sobre remessas ao exterior, reduziu a margem operacional de 34% para 28%.

Sem esse impacto, a empresa teria superado sua própria projeção de 31% de margem. Para o ano, a estimativa caiu de 30% para 29%, embora o fluxo de caixa livre tenha sido revisado para cima, chegando a US$ 9 bilhões.