A Nvidia reportou lucro de US$ 46,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma alta de 6 % em relação ao trimestre anterior e de 56 % em relação ao mesmo período do ano anterior. O balanço do período foi divulgada na tarde desta quarta-feira (27).
Para 2026 a empresa de tecnologia espera lucro de US$ 54 bilhões, mas não tem expectativa de enviar os seus produtos para a China diante das incertezas na relação entre EUA e o país asiático.
A receita do Blackwell Data Center avançou 17%. Dos data centers em geral, o lucro foi de US$ 41,1 bilhões, um aumento de 5 % em relação ao primeiro trimestre trimestre de 2025.
“Não houve vendas de H20 para clientes localizados na China no segundo trimestre”, disse a Nvidia no relatório publicado no seu site oficial. A empresa se beneficiou de US$ 180 milhões em estoques anteriormente reservados de chips H20 vendidos a um cliente não chinês.
Na parte de jogos e PCs de Inteligência Artificial da Nvidia, o lucro foi de US$ 4,3 bilhões, um avanço de 14% na comparação trimestral e de 49% na comparação com 2024. As automações e robótica renderam lucro de US$ 586 milhões, crescimento de 3% trimestral e 69% ante o ano passado.
“Durante o primeiro semestre do exercício fiscal de 2026, a NVIDIA retornou aos acionistas US$ 24,3 bilhões em recompras de ações e dividendos em dinheiro. Ao fim do segundo trimestre, restavam US$ 14,7 bilhões disponíveis dentro da autorização de recompra. No dia 26 de agosto de 2025, o conselho aprovou autorização adicional de recompra de ações no valor de US$ 60 bilhões, sem data de expiração” disse a Nvidia.
Os próximos dividendos, a US$ 0,01 por ação, serão pagos no dia 2 de outubro de 2025 para aqueles que tiverem posição acionária até o dia 11 de setembro.
EUA: proposta para obter receitas da Nvidia e AMD ameaça mercado
A Nvidia (NVDC34) e a AMD (A1MD34) concordaram em pagar ao governo dos EUA 15% da receita obtida com determinadas vendas de semicondutores para a China. Os chips envolvidos — o H20 AI Accelerator, da Nvidia, e o MI308, da AMD — haviam sido anteriormente proibidos pela administração Trump e exigem licenças de exportação para serem comercializados.
Mesmo em um governo que já ultrapassou repetidas vezes os limites legais no uso de medidas econômicas para remodelar o cenário global de negócios, esse novo acordo com as duas gigantes de tecnologia está acendendo alertas entre especialistas em comércio internacional.