Recuperação judicial

Oi (OIBR3) celebra acordos com mais credores

A companhia apresentou aos credores os termos e condições atualizados referentes à proposto de reestruturação financeira

Oi (OIBR3)
Oi (OIBR3) / Foto: Divulgação

A Oi (OIBR3) anunciou, nesta quarta-feira (13), que celebrou acordos de confidencialidade com grupos de credores de diversas emissões.

Entre os credores, estão detentores de 10%/12% Senior PIK Toggle Notes com vencimento em 2025 e titulares de créditos contra a Companhia originários de Agências de Crédito à Exportação (ECAs) e detentores de 14,00% Senior Secured Superpriority Post-Petition Notes com vencimento em 2024 (Notas DIP).

A companhia apresentou aos referidos credores os termos e condições mais atualizados referentes à proposta de reestruturação financeira, os quais permanecem em discussão e negociação.

A Oi(OIBR3) assegura que, até o presente momento, não há um acordo definitivo sobre os termos do plano. A assembleia da companhia com credores foi realizada em 5 de março e suspensa até o próximo dia 25 para discussão dos termos.

A empresa entrou com o pedido de recuperação judicial pela segunda vez em maio de 2023, com uma dívida total de R$ 44,3 bilhões.

Oi (OIBR3): sem boas estratégias, valorização deve cair

“Qualquer acerto de estratégia e gestão lança um potencial [sobre as ações], visto que a base reduzida é muito grande”, é o que diz Rodrigo Negrini, especialista em finanças e CEO da Soul Capital, em resposta ao BP Money, sobre a valorização da Oi (OIBR3).

A empresa de telecomunicação disputa uma maratona para conquistar a confiança dos credores e solucionar uma dívida total de R$ 44,3 bilhões. Este é o segundo processo de Recuperação Judicial (RJ) iniciado pela Oi.

Porém, mesmo diante desse cenário, que geralmente corrói a visão do mercado sobre os papéis de uma companhia, as ações ordinárias OIBR3 valorizaram 100%, enquanto as preferenciais OIBR4 alcançaram 50% de valorização, no mês de fevereiro.


Isto indica um ânimo nas perspectivas sobre as cotas. Contudo, o fato delas virem de um longo período de desempenho fraco, aumenta a percepção dos agentes do mercado.

De acordo com Negrini, a companhia estava extremamente descontada, com aproximadamente 95% sobre a máxima histórica registrada em 2021.

“Além disso, em função das reestruturações que a companhia passou recentemente, o ativo está mais concentrado no que pode dar certo e seus acionistas de referência conhecem o caminho das pedras, desta forma, a expectativa do mercado começa a mudar o viés”, afirmou.