A OpenAI está em processo de transição para se tornar uma corporação de benefício público, com o objetivo de atrair mais investidores e, possivelmente, abrir capital. Para cumprir com seus objetivos, a companhia enfrentará desafios, já que precisa obter aprovações estaduais — um processo considerado complexo.
O procurador-geral de Delaware está atualmente contratando um banco de investimentos. O papel da instituição será avaliar, de forma independente, o valor patrimonial que a matriz sem fins lucrativos da OpenAI terá na nova entidade com fins lucrativos, segundo o Wall Street Journal, que cita fontes familiarizadas com a situação.
Transição da OpenAI
A OpenAI quer converter sua subsidiária com fins lucrativos em uma corporação de benefício público, em uma operação que avaliaria a empresa em US$ 300 bilhões — valor equivalente à avaliação da sua rodada de financiamento mais recente. Essa conversão é uma parte crucial da estratégia da OpenAI para aumentar seu fluxo de caixa e tornar-se lucrativa.
Contudo, antes que a reestruturação possa ocorrer, a OpenAI precisa estabelecer um método para distribuir as participações dentro da nova entidade. A organização deverá comprovar aos reguladores estaduais que a matriz sem fins lucrativos será compensada de forma justa. Além disso, será necessário atender às expectativas dos investidores privados, que disputam fatias maiores na nova empresa.
Tanto os procuradores-gerais de Delaware quanto da Califórnia devem aprovar a conversão da OpenAI. Segundo o Investing, o processo para garantir essas aprovações está em andamento, e o resultado desempenhará um papel fundamental na trajetória futura da companhia.
A inteligência artificial está revolucionando a gestão financeira
Os diretores financeiros estão enfrentando um dos momentos mais transformadores da história da gestão corporativa. Com a ascensão da inteligência artificial (IA) e regulamentações mais rigorosas, o papel desses profissionais está se expandindo para além da administração tradicional. Em 2025, espera-se que esses líderes atuem como guardiões estratégicos da confiança, promovam eficiência e liderem transformações em um ambiente cada vez mais dinâmico e competitivo.
A implementação da IA no setor financeiro vem crescendo rapidamente. De acordo com um levantamento da consultoria Gartner, a adoção dessa tecnologia na área praticamente dobrou em 2024, permitindo a automação de tarefas repetitivas, a detecção de erros e a extração de insights valiosos a partir dos dados. Entre os principais casos de uso estão a automação da correspondência de faturas, a otimização de despesas com viagens e a gestão de crédito ao cliente. Essas aplicações têm impulsionado a produtividade e a eficiência das equipes, tornando-se uma prioridade para as organizações que buscam modernizar suas operações.
Apesar dos avanços, ainda há desafios significativos, principalmente no que diz respeito ao custo e ao retorno sobre o investimento (ROI). Estimativas indicam que os gastos com a implementação dessa tecnologia estão subestimados entre 500% e 1.000%, o que aumenta a pressão sobre os responsáveis pela gestão para identificar casos de uso que realmente tragam impacto econômico. A incerteza quanto aos resultados esperados faz com que muitas companhias hesitem em expandir seus investimentos, exigindo análises mais detalhadas antes da alocação de recursos.