A Paper Excellence, multinacional originária da Indonésia, iniciou uma nova arbitragem na CCI (Câmara de Comércio Internacional), em Paris, contra a holding J&F, no contexto da disputa pelo controle da brasileira Eldorado Celulose.
Segundo nota da Paper, a empresa busca uma indenização de US$ 3 bilhões pelos “atos desleais e abusivos praticados pelas duas empresas brasileiras para impedir a concretização da transferência do controle da Eldorado”. As informações foram obtidas pelo “InfoMoney”.
No comunicado, a Paper afirmou que a escolha de Paris como sede da arbitragem visa “reduzir o espaço para manobras protelatórias” dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F. A companhia acusou os dois de se aproveitarem de brechas processuais na legislação brasileira e de criarem um cenário hostil, com factoides e ações judiciais paralelas, para evitar a entrega da empresa vendida por R$ 15 bilhões.
A disputa, que já dura mais de seis anos, envolve a aquisição de 49,41% da Eldorado pela Paper em 2017. O contrato previa a transferência de 100% da empresa controlada pela J&F à multinacional indonésia. Entretanto, os 50,59% restantes permanecem com a holding dos Batistas devido à judicialização do caso, como apontaram diversas frentes.
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Cade suspende direitos políticos da Paper Excellence na Eldorado
O Cade (Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspendeu os direitos políticos da Paper Excellence na Eldorado Celulose, controlada pela J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A decisão atendeu a um pedido de medida preventiva da Eldorado.
A decisão, que atendeu a um pedido de medida preventiva da Eldorado, acontece em meio à apuração sobre supostas condutas anticompetitivas praticadas pela Paper no mercado de celulose no Brasil. O órgão investiga, por exemplo, a criação de dificuldades ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente.
A Paper Excellence e a J&F travam uma batalha pelo controle da Eldorado há seis anos. A Paper adquiriu 100% da Eldorado em 2017, mas o contrato foi judicializado. Atualmente, a Paper tem 49,41% da empresa de celulose e a J&F mantém o controle da parcela majoritária, de 50,59%.
