A Petrobras (PETR4) prevê novos investimentos de, aproximadamente, R$2,6 bilhões na Bahia, incluindo o setor naval e a fabrica de fertilizantes do estado. A presidente da companhia, Magda Chambriard, participou de uma coletiva de imprensa em Salvador nesta quarta-feira (8).
Dentre os aportes, a maior parte irá para a contratação da construção de seis navios de apoio junto ao Estaleiro Enseada, em Maragogipe (BA). Já para a área de fertilizantes, a Petrobras prevê investir R$38 milhões para cada uma de suas fábricas de fertilizantes nitrogenados do Nordeste, sendo uma na Bahia e outra em Sergipe, disse o Money Times.
Chambriard ressaltou que os seis barcos já haviam sido contratados junto a fornecedora, mas que a escolha do Enseada ocorreu apenas em setembro, em meio a uma busca para diversificar o número de estaleiros que estão recebendo suas encomendas.
“A Petrobras ficou sem contratar barcos na indústria brasileira por oito anos e nós tivemos uma série de infraestruturas úteis no Brasil, hibernadas ou descontinuadas, sem manutenção. Então é isso que nós estamos retomando agora”, disse Chambriard.
A petroleira vai lançar também um edital para a contratação de outros quatro barcos de apoio entre os meses de outubro e novembro, totalizando 48 barcos de apoio contratados ou com editais lançados até o fim do ano.
Sobre os fertilizantes, Magda Chambriard afirmou que as fábricas do Nordeste irão entrar em manutenção e no início do próximo ano já estarão produzindo ureia e Arla. A retomada das unidades, que antes estavam arrendadas com a Unigel, e os planos de reinício das operações já haviam sido anunciadas pela Petrobras.
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A empresa assinou um contrato de operação e manutenção de até cinco anos com a companhia de serviços industriais Engeman, que visa a retomada das operações de suas fábricas de nitrogenados na Bahia e em Sergipe, por cerca de R$ 1 bilhão.
As unidades paralisadas pela Unigel, em 2023, sob alegação da parceira de que os altos preços do gás natural no país inviabilizavam a operação de maneira lucrativa.
“O que nós fizemos foi aumentar a oferta (de gás), porque só com aumento da oferta que a gente consegue redução de preço. Então, a viabilidade das Fafens foi possível porque nesse período de um ano e meio a gente conseguiu aumentar o fornecimento de gás”, disse Chambriard.
O retorno de investimentos da Petrobras no setor naval e na área de fertilizantes foi importante demanda do presidente Lula, assim que iniciou seu terceiro mandato. O presidente estará no estaleiro Enseada nesta quinta-feira (9).
No evento em Maragogipe, também será assinado um protocolo de intenções para realização de estudos de viabilidade para a utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu como área para acostamento de plataformas da Petrobras em processo de descomissionamento.
