Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR4), pediu uma reunião com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir a sua situação na empresa. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
O dirigente da estatal pretende ainda conversar com Lula (PT) sobre os ataques que vem recebendo de integrantes do governo. Prates considera deixar o cargo, embora espere que o presidente da República apoie a sua permanência.
Jean Paul Prates decidiu tomar a iniciativa depois que os ataques se intensificaram, partindo, especialmente, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Rumores sobre saída
Os rumores sobre a demissão de Prates, que foram desmentidos pela Petrobras, surgiram na semana passada antes de uma reunião com o presidente Lula, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O conflito central gira em torno dos embates entre Prates e Silveira, que vêm ocorrendo desde que o executivo assumiu o cargo.
Durante a reunião com Lula, ficou acordado que uma das cadeiras do Conselho de Administração seria preenchida por uma indicação da Fazenda, o que, na prática, fortalece a posição de Prates na empresa.
O nome proposto é o do secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, porém ainda não foi confirmado oficialmente.
Petrobras (PETR3): Alckmin defende permanência de Prates
Em meio à controvérsia sobre a não distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras (PETR3; PETR4), outra liderança do governo federal se manifestou em apoio ao presidente da companhia, Jean Paul Prates, que agora enfrenta críticas internas no Palácio do Planalto.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), expressou seu apoio à permanência de Prates na liderança da Petrobras, ressaltando a experiência do ex-senador no setor de óleo e gás.
“A presidência da Petrobras é um cargo de confiança do presidente da República. Na minha opinião, ele deve continuar. É uma pessoa da área e tem todas as condições de fazer”, afirmou Alckmin, em entrevista à Rádio Itatiaia.