Uma empresa provedora de serviços de tecnologia que atende instituições financeiras sem infraestrutura própria de conectividade ao sistema de pagamentos Pix sofreu um ataque cibernético em seus sistemas. As informações foram divulgadas na quarta-feira (2).
O BC (Banco Central) e as instituições financeiras envolvidas ainda não divulgaram informações suficientes para que se saiba exatamente quantos clientes foram afetados e quanto dinheiro foi desviado. O ataque teria atingido apenas instituições financeiras clientes da empresa de tecnologia C&M Software, o que exclui os grandes bancos.
O Banco Central não forneceu mais detalhes sobre o incidente, mas informou, em comunicado, que ordenou à C&M Software o bloqueio de acesso das instituições financeiras à infraestrutura operada pela empresa. Com isso, os clientes dessas instituições ficaram temporariamente sem acesso ao Pix na quarta-feira.
Na manhã desta quinta-feira (3), a C&M voltou a operar. De acordo com o BC, “a decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”.
“As operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, desde que haja anuência expressa da instituição participante do Pix e o robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais”, destacou a nota do Banco Central.
Segundo reportagem do jornal O Globo, criminosos teriam conseguido desviar recursos de contas de oito instituições financeiras, somando ao menos R$ 800 milhões, conforme relatos de fontes próximas ao caso. Já o Valor Econômico citou uma fonte que estimou o roubo em cerca de R$ 400 milhões.
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