O PL (Projeto de Lei) que autoriza a privatização da Copasa (CSMG3) começou a tramitar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais na quinta-feira (25). Movimento vem dez dias após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição estadual que retira a exigência de um referendo popular para a aprovação da operação, disse o Valor Investe.
Em relatório, o Itaú BBA destacou que o PL apresentado é um substitutivo do texto original. Agora, o texto prevê a alocação de recursos de qualquer possível privatização para a amortização da dívida do estado de Minas Gerais com o governo federal, no âmbito do Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados).
O texto segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça antes de ir para outras comissões e, por fim, ser votado no plenário. O PL precisa de 60% dos votos para ser aprovado.
Paralelamente, o governo de Minas Gerais deve aprovar todas as medidas legislativas necessárias para o processo de adesão da Propag até outubro. Até o mês de novembro, deve ainda apresentar ao governo federal quais empresas pretende privatizar ou federalizar para compor parte da renegociação da dívida.
Os analistas do Itaú BBA acreditam que os avanços representam importantes eventos de redução de riscos e aumentam a probabilidade de privatização da Copasa, aspecto que vem se refletindo nas ações da companhia. Os papéis já acumulam uma alta de 66% no ano.
“Esperamos que o mercado acompanhe de perto o cronograma legislativo e a definição do marco regulatório a ser adotado. Em nossa visão, o cronograma político é o ponto-chave a ser seguido, especialmente à luz do próximo ciclo eleitoral”, comentam os analistas Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha.
Às 14h52 (horário de Brasília), as ações Copasa (CSMG3) caíam 1,34%.
Copasa (CSMG3) aprova distribuição de R$169 milhões em proventos
A Copasa (CSMG3) anunciou nesta sexta-feira (12) a aprovação da proposta de remuneração aos acionistas referente ao terceiro trimestre de 2025. O montante total destinado aos JCP (Juros sobre Capital Próprio) é de R$ 169,7 milhões, equivalente a R$ 0,4476 por ação.
Terão direito ao recebimento os acionistas com posição acionária até 22 de setembro de 2025. A partir de 23 de setembro, os papéis serão negociados na forma “ex-JCP”, ou seja, sem direito ao benefício.
O valor declarado será considerado como dividendo mínimo obrigatório para o exercício de 2025.