R$ 395 mi em dívidas

Polishop: Justiça aceita pedido de recuperação judicial

Com a aprovação, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias; o plano de reestruturação deve ser apresentado em 60 dias

Polishop
Foto: Divulgação

A Justiça de São Paulo aprovou, nesta segunda-feira (20), o pedido de recuperação judicial da Polishop. A informação é do Valor Econômico.

A varejista fez a solicitação na última sexta-feira (17), na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando uma dívida estimada em R$ 395,6 milhões.

Anteriormente, em 3 de abril,  a Polishop já havia entrado com um pedido de tutela antecipada na mesma vara em São Paulo, argumentando a falta de documentos necessários para formalizar o pedido de recuperação judicial.

Com a aprovação do pedido de RJ, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias. O plano de reestruturação e para o pagamento de credores deve ser apresentado em até 60 dias.

A rede foi fundada por João Appolinário em 1999 e atingiu seu auge com cerca de 250 lojas em todo o Brasil. Atualmente, a Polishop possui 49 lojas físicas abertas em shoppings centers e conta com quase 500 colaboradores, além da atuação no e-commerce e canal de televendas.

A crise financeira em que a varejista se encontra há alguns anos foi intensificada durante a pandemia de covid-19. De acordo com a empresa, o cenário provocado pela pandemia provocou uma queda de 70% do faturamento da Polimport, além dos aumentos dos custos fixos.

Polishop é processada por shoppings após antecipação de RJ

A varejista Polishop está enfrentando ações de execução de títulos judiciais movidas por grandes empresas de shopping centers, como General Shopping, Iguatemi e Allos, resultante da fusão de Aliansce Sonae e BR Malls. 

As dificuldades de negociação são especialmente intensas com empresas do setor de shoppings e seguradoras de crédito de fornecedores estrangeiros, que são rigorosas na liberação de garantias para varejistas em crise.

Com dívidas que alcançam R$ 395 milhões, a Polishop buscou uma medida cautelar na Justiça para ganhar tempo e tentar negociar suas dívidas com os credores.