Inclusão financeira

Quem é mais tech? 'Bancões' disputam inovação

Bancos reforçam aposta em inteligência artificial e personalização para liderar nova era digital

(Foto: BP Money)
(Foto: BP Money)

No principal evento de tecnologia e inovação do setor financeiro brasileiro, Febraban Tech 2025, realizado de 10 a 12 de junho, os CEO’s dos maiores bancos do país, protagonizaram no primeiro dia do evento, uma competição sutil sobre quem lidera a corrida pela inovação tecnológica.

Os executivos defenderam os avanços e diferenciais do seu banco, mostrando o quanto a tecnologia se tornou território da transformação digital do setor bancário brasileiro.

Principais destaques de cada banco revelada no Febraban Tech 2025

Banco do Brasil (BBAS3): O CEO afirma que não há futuro para bancos sem tecnologia e que o investimento é guiado por três pilares

  •  Foco no cliente
  •  Escalabilidade
  •  Transformação cultural

O banco investe fortemente em treinamento de funcionários e aposta em inteligência artificial generativa, inclusive com a criação de um instituto de pesquisa focado em IA, computação quântica e tecnologias emergentes.

 O objetivo é entregar soluções personalizadas e eficientes para cada cliente, sem perder o toque humano

“Só em 2024, nós treinamos mais de 105 mil funcionários da nossa academia e isso traz uma cultura que perpassa todas as áreas do banco”, disse CEO.

Itaú (ITUB4): O banco celebra hoje o lançamento de seu instituto de inovação, com mais de 50 projetos em andamento, muitos deles em parceria com universidades e centros de pesquisa. O CEO afirma que o Itaú vive a “era da experiência”, com a tecnologia servindo para resolver problemas reais dos clientes.

“A gente acabou de lançar a primeira solução de inteligência artificial generativa, conversacional e transacional. O único banco no mundo que lançou essa solução até agora em inteligência artificial”, afirma o CEO.

Bradesco (BBDC4): O CEO ressalta o investimento massivo em eficiência tecnológica e produtividade, citando a evolução da BIA, sua assistente virtual, agora baseada em IA generativa, além do uso de machine learning para decisões de crédito e prevenção a fraudes. 

“Hoje, a BIA, nossa assistente virtual, já está suportada por IA generativa, atendendo 24 milhões de correntistas”

O banco destaca também a aquisição de uma empresa de IA ligada à UFMG e a expansão de laboratórios de inovação, sempre buscando aumentar a competitividade e a capacidade de personalização dos serviços.

Santander (BCSA34): A empresa enfatiza a importância da digitalização para ampliar a inclusão financeira, especialmente em regiões remotas do Brasil. 

Utilizando tecnologia para escalar operações de microcrédito e está prestes a lançar um super app que promete ser personalizado para cada cliente, reforçando o conceito de “um banco para cada cliente”.

“Em breve, vamos evoluir ainda mais com IA generativa nos nossos canais digitais e estamos lançando um super app.”

No fim, a disputa entre os CEOs ficou restrita a muita troca de experiências, deixando claro que, no setor bancário, inovar não é mais diferencial — é questão de sobrevivência.

Se o futuro pertence aos mais ousados na tecnologia, a corrida só está começando, e o cliente será o maior beneficiado.