A Raia Drogasil (RADL3) teve lucro líquido ajustado de R$ 402,7 milhões, alta de 13% na comparação com o mesmo período de 2024. Balanço da empresa foi divulgado na noite de terça-feira (6)
Entre abril e junho, quando a empresa abriu 70 novas farmácias, a RD Saúde registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$885 milhões, crescimento de 7,4% no comparativo anual.
Os analistas projetavam Ebitda de R$811 milhões para a dona das redes de farmácias Raia e Drogasil no período, segundo média das estimativas compiladas pela LSEG, disse o InfoMoney.
RADL3 sobe mais de 8% com estreia de canetas emagrecedoras
As ações da Raia Drogasil (RADL3) operam em forte alta nesta segunda-feira (4) e lideram a lista de maiores ganhos do Ibovespa. Por volta das 16h13 (horário de Brasília), os papéis RADL3 registravam alta de 8,61%.
A dona das redes de farmácias Raia e Drogasil é impulsionada pela expectativa de comercialização dos medicamentos genéricos do Ozempic a partir do segundo semestre de 2026 e pelos resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), disse o Money Times.
A divulgação do balanço está prevista para a terça-feira (5), depois do fechamento do mercado.
Os genéricos do Ozempic
De acordo com o Itaú BBA, a RD Saúde é uma das principais beneficiadas pela comercialização de genéricos do Ozempic.
O primeiro genérico brasileiro de uma caneta emagrecedora começou a ser vendido nesta segunda-feira (4). As redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco eram as citadas para receber as primeiras remessas do produto.
Fabricado pela farmacêutica EMS, o Olire tem como princípio ativo a liraglutida (o mesmo do Saxenda, da Novo Nordisk) cuja patente expirou no Brasil em novembro de 2024.
Embora a liraglutida seja diferente da semaglutida (composto ativo por trás do Ozempic e do Wegovy) o Olire pode oferecer uma prévia do que esperar quando os genéricos do Ozempic chegarem ao mercado no próximo ano.
Apesar das expectativas, o Itaú BBA não espera um grande impacto do Olire nas vendas de drogarias. Isso porque a liraglutida representa uma parcela pequena do mercado brasileiros, de cerca de R$ 5,5 bilhões.
“Na RD Saúde, por exemplo, estimamos que Wegovy/Ozempic respondam por cerca de 5% das vendas, enquanto a contribuição do Saxenda é muito menor”, afirmou a equipe liderada por Rodrigo Gastim em relatório.