A Raízen (RAIZ4) está focada no ganho de eficiência e promoção de uma reestruturação financeira e operacional. A empresa vem tentando reduzir uma queima de caixa decorrente do crescimento do negócio nos últimos anos, segundo executivos da companhia. As informações foram apuradas pelo site Invest
O presidente- executivo da Raízen, Nelson Gomes, disse que o último ciclo de crescimento trouxe “muita complexidade e distração”. Houve um aumento de custos e dívida que foi amplificado pela alta dos juros. “Isso traz um senso de urgência muito grande para tomar as ações necessárias e recuperar o equilíbrio” comentou.
A Raízen, que é a maior produtora de açúcar e etanol de cana do mundo, reportou na última sexta-feira prejuízo líquido de R$2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro/dezembro), revertendo o lucro de R$793,3 milhões apurado no mesmo período da temporada anterior.
Raízen (RAIZ4) teve prejuízo de R$ 2,5 bi no 3T da safra 2024/25
A Raízen (RAIZ4) encerrou o terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro a dezembro) com um prejuízo líquido de R$ 2,5 bilhões. Um ano antes, a companhia havia reportado lucro de R$ 793,3 milhões.
Em comunicado ao mercado, a Raízen (RAIZ4) informou que o desempenho operacional e a elevação das despesas afetaram o resultado. A receita líquida, por sua vez, avançou 14,3% na mesma base comparativa, para R$ 66,8 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 20,65%, para R$ 3,1 bilhões.
A companhia destacou que a queda do Ebitda no período ocorreu por conta da moagem reduzida, decorrente do clima adverso e das queimadas que aconteceram em agosto de 2024, afetando a qualidade da cana e o mix de produção.
“Com isso, houve redução substancial da produção de açúcar e menor disponibilidade de produto, resultando em uma dinâmica de custos menos favorável devido ao efeito de menor diluição sobre a parcela fixa dos custos e impactos inflacionários”, disse a empresa, de acordo com o Valor.