Guerra do delivery

Rappi zera taxa para restaurantes e anuncia acordo com entregadores

A plataforma planeja concorrer diretamente com o iFood, ainda que tenha menos de 10% de participação no mercado brasileiro de entregas

Fonte: divulgação
Fonte: divulgação

Na guerra dos aplicativos de entrega, a Rappi também fez um movimento ousado. A empresa colombiana adotou uma política de taxa zero para bares e restaurantes desde 5 de maio até 2028 e a partir de sexta-feira (30), a companhia oferece uma nova taxa a entregadores.

A plataforma planeja concorrer diretamente com o iFood, ainda que tenha menos de 10% de participação no mercado brasileiro de entregas. Ao longo dos últimos anos, o aplicativo da companhia sofreu reclamações por parte do público que observava falhas de usabilidade, demora no atendimento e taxas de entrega mais elevadas.

A redução de taxas foi o caminho escolhido pela direção da empresa para atrai negócios para sua plataforma. De acordo com a Rappi, a contrapartida da medida de isenção é que estabelecimentos pratiquem preços mais próximos ao oferecido sem seus balcões.  

“Vamos imaginar que um prato custe R$ 73 no balcão do restaurante. Antes da tarifa zero, como a média do valor cobrado pelo mercado de delivery era cerca de 27% de taxa de intermediação total, o restaurante precisava subir o preço para cerca de R$ 100 app para ter prejuízo”, explicou Felipe Criniti, CEO (presidente executivo) da operação brasileira da Rappi.

Novas estratégias da Rappi

Os investimentos convergem com mudanças no cenário brasileiro de delivery, com empresas desembarcando em território nacional.

Rappi reinveste 100% do lucro e projeta IPO para 2026

Rappi, plataforma colombiana de entregas, está reinvestindo integralmente seus lucros para impulsionar o crescimento e considera realizar uma oferta pública inicial (IPO) até o final de 2026. Em entrevista à Bloomberg Línea, o CEO (presidente executivo) e cofundador Simón Borrero afirmou que a empresa tem tido bons resultados.

“Temos que esperar que o mercado esteja em boas condições e não estamos ansiosos. Temos sido lucrativos por quatro trimestres consecutivos, temos um Ebitda positivo, a empresa está crescendo”, disse Borrero em entrevista em Bogotá. “Por enquanto, de acordo com o que estamos vendo no mercado, não há isso [as boas condições]”.  

Borrero mencionou que, embora a empresa esteja testando o timing do mercado, as condições atuais ainda não são ideais para um IPO. Ele projeta que, “de repente, no fim do próximo ano, mais ou menos, haverá condições” para uma oferta pública inicial.