Reag é uma das 350 investigadas na Operação Carbono (Foto: reprodução/Investidor 10)
Reag é uma das 350 investigadas na Operação Carbono (Foto: reprodução/Investidor 10)

A Reag Capital anunciou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou o cancelamento de registro de emissor da Reag Capital na categoria B (que emite valores mobiliários, exceto ações), disse o Valor Econômico.

Há quase dois meses, a Reag vem sofrendo um desmonte após a Operação Carbono Oculto, que investiga a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor financeiro.

“Nesse sentido, em razão do cancelamento de registro, a companhia, a partir da presente data, passa a ser uma companhia fechada, não havendo alteração na sua composição acionária”, diz o fato relevante. “A saída da bolsa de valores foi aprovada em assembleia de acionistas no fim do mês passado.”

Relembre o caso

No fim de agosto foi deflagrada a megaoperação contra o PCC, composta pela Polícia Federal, Receita Federal e outros órgãos. A sede da Reag Capital foi alvo de busca e apreensão. As empresas Reag Investimentos e Ciabrast, até então pertencentes à holding, apareceram nas investigações.

Desde então, a Reag tem passado por um processo de desmonte, envolvendo a venda de partes da holding e cancelamento do registro de companhia aberta.

A Reag Investimentos foi vendida para a Arandu e o acordo iniciado da Ciabrasf com a Planner, deixou de fazer sentido o registro de companhia aberta junto à CVM, disse a empresa em nota.

“A solidez da companhia ficou evidenciada tanto pela rapidez dos desinvestimentos quanto pelo interesse demonstrado por outras instituições do mercado em ativos da Reag Capital Holding”, afirmou.

Americanas: ex-diretor fecha acordo de delação premiada com MPF

O ex-diretor estatutário da Americanas (AMER3), Márcio Cruz Meirelles, firmou um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal) na terça-feira (7). A negociação foi firmada no âmbito da investigação sobre o escândalo contábil ocorrido na companhia. 

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Meirelles é o quarto ex-executivo da varejista a fechar colaboração, após Marcelo Nunes, Flávia Carneiro e Fabio Abrate. A publicação da Folha, ainda aponta que as informações trazidas por Meirelles são complementares às já obtidas, detalhando a cultura interna de pressão por resultados e o início das manobras contábeis fraudulentas. 

O conteúdo da delação será unido à denúncia apresentada pelo MPF em março, que já inclui 13 ex-funcionários e executivos acusados de fraudes que somam cerca de R$ 22,8 bilhões.