Assembleia extraordinária

Rossi (RSID3) autoriza abertura de processo contra família fundadora

Passando por uma recuperação judicial, a empresa afirma que houve “uma série de irregularidades" identificadas em investigação interna

Fonte: Divulgação
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A construtora Rossi (RSID3) anunciou na noite de terça-feira (11) convocação extraordinária do conselho administrativo da companhia. A reunião visava uma votação para abertura de processo civil contra integrantes da família fundadora da companhia. Como apurou a agência Reuters.

Passando por uma recuperação judicial, a empresa afirma que houve “uma série de irregularidades, identificadas em investigação interna realizada após alteração na direção da companhia”. O informe ainda revela que decisões da nova direção causaram prejuízo na companhia.

A Rossi afirmou que as investigações continuam com apoio da empresa especializada, porém, segundo a gravidades dos fatos apurados, a administração recomendou pela convocação da assembleia.

A companhia não deu detalhes no documento sobre o suposto prejuízo identificado ou sobre as irregularidades identificadas que teriam levado a ele.

Rossi (RSID3) reduz prejuízo em 27,6% no 2º trimestre de 2023

Em processo de recuperação judicial, a Rossi (RSID3) divulgou o balanço do seu segundo trimestre de 2023. No período, a contrutora registrou um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões, valor 27,6% inferior às perdas líquidas de R$ 59,6 milhões do 2T22.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 31,4 milhões, ante ao resultado negativo de R$ 24,8 milhões de um ano antes.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 9,1 milhões, ante R$ 33,6 milhões de um ano antes.

A receita líquida foi de R$ 14,1 milhões, ante receita negativa de R$ 100 mil do segundo trimestre do ano passado.

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Construtoras: insumos elevados pressionam futuro lucrativo

Reversões de prejuízos e saltos nos lucros acompanharam os resultados do segundo trimestre deste ano para as construtoras listadas na B3. No entanto, mesmo mostrando esforço em se recuperar dos estragos da pandemia, os custos de matérias-primas e mão de obra aparecem como desafios para os negócios.

Os conflitos geopolíticos, sobretudo a guerra na Ucrânia, aparecem como os principais vilões na inflação das matérias-primas do setor de construção, a exemplo do cobre, cimento e aço.

Problemas nas cadeias de suprimentos, ainda afetadas pela pandemia e por eventos climáticos, também aumentaram os preços, o que pressiona a margem de lucro das construtoras, explicou Jonata Tribioli, especialista em mercado imobiliário e diretor de operações da Neoin, em resposta ao BP Money.