O saldo das operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,3% em janeiro, para R$5,776 trilhões, conforme divulgado nesta sexta-feira pelo BC (Banco Central). Os empréstimos para as empresas caíram 2,3%, para R$2,220 trilhões.
Já o saldo total de crédito para as famílias aumentou 1%, chegando a R$3,555 trilhões. O saldo total do crédito livre caiu 1% em janeiro, chegando a R$3,353 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,6%, para R$2,423 trilhões.
Para 2024, o BC aposta no crescimento de 8,8% para o crédito total, 8,1% para o livre, 9,7% para o direcionado. Para pessoas físicas, o banco aposta em um crescimento de 9,4% e 7,7% para pessoas jurídicas.
Concessões e inadimplência
O volume de novos empréstimos e financiamentos cresceu 3,1% em janeiro, em comparação ao mês de dezembro. O resultado leva em conta a série dessazonalizada, que retira peculiaridades de um determinado período, como número de dias úteis a mais ou a menos.
Para pessoas físicas, a alta foi de 6,2%, enquanto, para pessoas jurídicas, foi de 0,2% No crédito livre total, as concessões com ajuste sazonal subiram 2,6%. No crédito direcionado, recuaram 0,3%.
O sistema financeiro concedeu às famílias R$312,5 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, alta de 0,4% em relação a dezembro.
As concessões totais, sem a dessazonalização, caíram 11,2% no mês e somaram R$532,2 bilhões. Para clientes corporativos, os novos empréstimos caíram 23,5% contra o mês anterior, totalizando R$219,7 bilhões.
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A inadimplência média das operações de crédito subiu para 3,3% em janeiro ante em 3,2% em dezembro, segundo a nota de crédito do Banco Central.
Entre as empresas, a taxa média cresceu 0,1%, indo para 2,6%. Em meio às famílias, a taxa permaneceu em 3,7%.
No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 4,6%, contra 4,5% em dezembro. No crédito direcionado, foi 1,4%, contra 1,3% anteriormente.
Taxa de juros
A taxa de juros média anual cobrada nas operações de crédito caiu para 28,2% – 0,2 ponto percentual em comparação a dezembro.
Os juros cobrados para pessoas jurídicas, por outro lado, aumentou 1,1 ponto, para 19,4%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou em 32,4% ante 33,4% no mês anterior.
Nos recursos livres, a taxa média variou de 40,8% em dezembro para 40,3% em janeiro. Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação destes recursos, saiu de 19,6 pontos percentuais para 19,4 pontos.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 24,2 pontos percentuais, contra 25,2 pontos anteriores. No crédito às empresas, ficou em 9,6 pontos em janeiro, contra 8,7 pontos em dezembro.
